Certa feita de
uma data não muito distante, resolvi assistir e saber um pouco mais sobre o
início, o fim e o meio. Assistindo ao
filme do Walter Carvalho “Raul, o inicio, o fim e o meio”.
O documentário relata
causos de 94 pessoas próximas a este “mito” da música, Raul Seixas. Se é que
posso chamá-lo de mito, mas prefiro ser colocado desta maneira, uma pessoa que
conseguiu mesclar um gênero musical de diversas classificações, tais como: Rock and roll; Rockabilly; Baião; Country; Rock psicodélico; Folk; Folk
Rock; MPB e Acid Rock, ou o que ele mesmo se auto definiu ” Rauseixismo”.
Obviamente sua
história segue uma ordem cronológica, diante dos causos contatos pelos entrevistados,
bem como, estes são alavancados de forma aleatória na ordem que se apresentaram
na vida deste mito. É uma história bem contada, desde sua juventude quando
escutava Luis Gonzaga, conforme depoimento de seu irmão e familiares próximos,
até sua morte contada em detalhes pelo porteiro de seu prédio na época.
Com a direção
também de Walter Carvalho e Leonardo Gudel, eles buscaram imagens que não se
consegue ver em lugar algum, de tal modo executaram uma verdadeira garimpada em
imagens de Raul jamais vistas.
Raul pronunciava
ser apaixonado por cinema, esperava acabar um dia em Hollywood fazendo filmes.
Formado em filosofia era um metafísico da música, mas não deixando de lado o
adjetivo mito. Resolveu ser cantor de Yê-Yê-Yê Realista quando descobriu que o
brasileiro não gostava muito de ler. Homem de muitas mulheres, umas americanas
outras brasileiras, mas que marcou todas elas, de forma intensa... Grandes
parceiros como Mauro Motta, Paulo Coelho, entre outros, Paulo este quem lhe
mostrou o mundo de outra forma, com as drogas! Fato curioso é no depoimento de
Paulo que em sua residência, Genebra, aparece uma mosca ao seu redor, ele se
surpreendeu dizendo nunca ter visto uma mosca na Suiça, no mesmo momento
declarou que não a mataria e em seguida lhe deu um tapa na sua mão esquerda que
culminou em uma longa gargalhada.
As letras de
suas músicas, não eram apenas “singles”, mas sim verdadeiras poesias, eram
musicas que contavam histórias, eram tão inteligentes que nem mesmo a ditadura
da época conseguiu censurar tanta inteligência, conforme Pedro Bial relatou em
sua entrevista quando relacionou a sua música “Ouro de Tolo”.
Criou uma
sociedade alternativa, ”Se você não está dentro de uma sociedade alternativa a
sociedade alternativa sempre esteve dentro de você”. É de se arrepiar.
Assistam ao
filme e sejam felizes!
(Texto: John Rudy)
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