Destaques

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Odair José - Odair José (1973)







Odair José, cantor que sempre priorizou o popular e injustamente foi classificado como brega teve uma produção intensa e atingiu patamar significativo de admiradores. Injustamente dizem que ele é o Pablo de sua época – o que pode ser encarado como uma tremenda falta de conhecimento, pois suas musicas vão  muito além da dor de corno e suas melodias são de ótimo gosto.
Em uma época onde o regime militar tinha como prioridade não deixar chegar ao grande público mensagens ditas subversivas, Odair José também sofreu as consequências dessa paranoia militar. Suas composições enveredavam pelo pouco visitado mundo das empregadas domésticas, garotas de programa e personagens menos assistidos e admirados pelo grande público. Talvez essa tenha sido a grande sacada de seu disco lançado em 1973, pois Odair José não se utilizou de grandes recursos linguísticos e priorizou o estritamente popular – o que de forma alguma pode ser encarado como demérito, até porque um dos maiores hits desse disco e da carreira de Odair José “Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)” juntamente com “Deixe Essa Vergonha de Lado” e “Revista Proibida” foram o fio condutor de um discurso que elevou ao status de protagonista persongens até então sem “voz”.
Odair José vendeu muitos discos nos anos 70 e dizem que chegou a superar Roberto Carlos em certo momento. Seu prestígio foi enorme, e esse disco foi um dos principais responsáveis por essa façanha.
Aos descolados de plantão e até mesmo aos que querem apenas reviver uma época, revisitar esse disco é uma grande oportunidade de apreciar uma obra popular de muito bom gosto.



(Texto: Robério Lima)


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domingo, 9 de outubro de 2016

Richard Wright - Wet Dream








Wet Dream é o primeiro álbum solo de Richard Wright. Lançado em 1978, foi produzido pelo próprio Wright . O disco contou com a colaboração de: Snowy White (ex Thin Lizzy) na guitarra, Larry Steele no baixo, Reg Isidore ( ex Robin Trower) na bateria e Mel Collins (ex King Crimson) no saxofone e na flauta.
Vale lembrar que durante o processo de gravação do álbum, Richard estava passando por momentos turbulentos, como crise em seu casamento e desentendimentos entre membros de sua banda, o Pink Floyd.
A maioria das dez músicas é instrumental e vão aqui alguns destaques:
Mediterranean C contém uma bela introdução de piano de Wright e um solo de guitarra que a meu ver, devido ao excesso de efeitos como reverb e deley, tiraram a pagada do ótimo Snowy White.
Against the Odds nos brinda com a voz profunda e melancólica de Wright. Nessa música, ao contrário da anterior, notamos a pegada de White, agora ao violão.
Cat Cruise é a Floydiana do álbum, com tudo que se tem direito: introduções ao piano, viradas de bateria e solo de sax, mas a guitarra Snowy White surpreende ao se afastar contundentemente do estilo de David Gilmour, fazendo uso do eco e dando uma “cara” bem original ao solo.   
Summer Elegy é uma música bem suave e agradável que serve de música de fundo, enquanto se degusta um bom vinho ou enquanto se dirige por uma estrada.   
Drop in from the Top é a mais animadinha do disco. Lembra vagamente um reggae e contém uma destacada de baixo.
Pink's Song tem um lindo solo de flauta executado por Mel Collins.
Funky Deux é a mais legal e virtuosa do disco. Um fusion fankeado pra ninguém botar defeito.
Infelizmente Richard Wright nos deixou em Setembro de 2008, vítima de câncer, mas sem dúvida alguma seu legado para a música será eterno.


(Texto: Sergio Silva)
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