Destaques

domingo, 23 de setembro de 2012

Heleno - O Principe Maldito.





“Heleno”, filme baseado no livro “Nunca Houve Um Homem Como Heleno’‘ do jornalista Marcos Eduardo Novaes, retrata a vida de Heleno de Freitas, ídolo do Botafogo (RJ), e também com passagens por clubes como Boca Juniors (Argentina), Vasco (RJ) e América (RJ), neste ultimo jogou somente uma partida, realizada no recém-inaugurado Maracanã.
Considerado o primeiro ídolo brasileiro e principal esperança de gols do time carioca e da seleção brasileira nos anos 40, sua trajetória foi marcada por excessos e por seu temperamento autodestrutivo que culminou em sua morte prematura aos 39 anos de idade.
O Filme foi lançado em 2011 e tem direção de Jose Henrique Fonseca, que ainda conta em seu currículo “O Homem do Ano (2003)”, e alguns trabalhos para TV. Outro destaque fica para o renomado diretor de fotografia Walter Carvalho, que novamente realiza um excelente trabalho. Todo o filme foi filmado em preto e branco.
A missão de interpretar o mítico jogador ficou a cargo do ator Rodrigo Santoro que, mais uma vez, se destaca com um belo desempenho e cenas permeadas de realismo, basta conferir sua atuação em passagens filmadas no sanatório, quando o personagem já esta totalmente debilitado, vitima da sífilis.
Nos tempos de hoje não há lugar para personagens com Heleno de Freitas, pois os “craques” de nosso tempo são programados para servir a uma indústria de consumo que tem por fim banalizar qualquer vestígio de personalidade. Veja o filme e tire suas próprias conclusões.

(Texto: Roberio Lima)
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Gary Moore – Still Got The Blues.





Atendendo a um pedido do Robério (idealizador desse blog), venho através desse espaço, expor meu ponto de vista sobre o álbum Still Got The Blues de Gary Moore.
Still Got The Blues foi lançado em 1990. Nesse mesmo ano a faixa que dá nome ao disco emergiu instantaneamente em algumas rádios fm’s de São Paulo. Eu do alto dos meus quinze anos foi atingido de forma avassaladora por essa música. Mas eu ainda não tinha a “maturidade musical” e infelizmente só fui ter contato com a obra de Gary Moore, alguns anos mais tarde.
Esse contato se deu ao visitar uma loja chamada Museu do Disco no Shopping Ibirapuera. Na época não se ouvia falar em cd, era apenas vinil ou cassete. Ao debruçar-me sobre uma pilha de discos, eis que encontro Still Got The Blues novinho em folha, esperando por mim. Mas eu vivenciava a época das “vacas magras”, portanto,  estava pra lá de duro. O que me restou era tentar esconder esse disco de forma que ninguém o encontrasse. E foi o que fiz. O enfiei atrás de uma volumosa pilha e rezei para que ninguém o descobrisse. Deu certo, pois ao receber um “cascalho”, corri até a loja e adquiri esse que irrefutavelmente é um dos meus discos preferidos.
Geralmente ao comentar sobre um disco, gosto de escrever ouvindo o mesmo concomitantemente. Mas com Still Got The Blues é quase impossível proceder dessa forma, por esse ser tão contagiante tenho dificuldades em concatenar as ideias haja vista a emoção que me trás. (Eis a razão da demora viu Robério!).
Segue então o meu crivo em relação a algumas faixas:
Moving On é uma espécie de hard rock onde Gary Moore nos mostra que tem absoluto domínio na técnica de slide. Oh, Pretty Woman é uma cover do notável bluesman, Albert King, cujo mesmo participa de forma fantástica criando um contraponto, pois enquanto King sola com sua finesse peculiar, Gary estremece tudo com seu timbre gritante. Walking by Myself é outra cover, agora de Jimmy Rogers guitarrista consagrado, conhecido por fazer parte da banda do lendário Muddy Waters. Nem preciso dizer o estrago que Gary Morre faz nela. Chegamos então a magnus opus que projetou Gary Moore mundialmente, Still Got the Blues é uma prova de fogo para qualquer guitarrista que se prese, pois Gary Moore imprimi técnica e paixão num solo visceral, além é claro de uma voz sublime que dá todo um tom de tristeza na música.  Too Tired tem a participação do “Ice Man”, Albert Collins, outro monstro do blues. Albert com sua eterna telecaster também dialoga com Gary deixando a música bem envolvente. As the Years Go Passing By é um lindo, mas lindo lamento, onde um tecladinho de fundo dá aquele tom enquanto Gary Moore canta sua lamúria. Destaco também um virtuoso solo de piano que ocorre quase no fim da música. Bom, para finalizar Midnight Blues tem uma linha de baixo simples, não obstante maravilhosa. “Baladona” de primeira.
Para minha tristeza, Gary Moore nos deixou em 06 de Fevereiro de 2011 em Estepona na Espanha, vítima de uma parada cardíaca.


(Texto: Sergio Silva)

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domingo, 2 de setembro de 2012

Al Di Meola – Coletânia This is Jazz.






É sempre um prazer falar sobre esse que é um dos maiores expoentes do fusion, ou seja, Al Di Meola. Esse ilustre músico fez parte da antológica banda Return to Forever, liderada por ninguém menos que Chick Corea. Al Di Meola ficou na banda de 1974 à 1976 (ano em que a banda encerrou suas atividades)
Al Di Meola tem como característica o ecletismo, que o permite flertar com diversos gêneros como o Jazz, o Rock, o Flamenco e a música latina.
This is Jazz é uma coleção voltada para os renomados músicos de Jazz. Al Di Meola é claro, não poderia ficar fora dela. Esse cd abrange o que há de melhor sobre Al De Meola, como:
Race with the Devil on Spanish Highway  que começa com um ar de suspense para em seguida, baixo, guitarra e teclado tocarem em uníssono, sextinas na velocidade da luz e quando menos se espera, a suavidade tem sua vez, com direito ao som de congas na percussão. Já Ritmo de la Noche é uma espécie de Carlos Santana turbinado. Em Short Tales of the Black Forest há um duelo incrível entre o violão de Al Di Meola e o teclado de Chick Corea. Nena lembra Bossa Nova. Fantasia Suite for Two Guitars é um tipo de Flamenco com várias nuances. Spanish Eyes é para se ouvir deitado em uma rede contemplando o por do sol. Ainda por cima tem o lendário Les Paul dividindo as guitarras com Al Di Meola. Passion, Grace & Fire é a mais densa e nervosa do disco e não é para menos, pois a cargo dos violões estão Paco de Lucia e John McLaughlin ajudando Al Di Meola a engrossar o caldo desse flamenco lírico e furioso. Para finalizar Sarabande from Violin Sonata in B Major é uma versão de J.S. Bach tocada ao violão.
Bem, eu avisei que o homem era eclético.

(Texto: Sergio Silva)
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