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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Garotos Incríveis (Wonder Boys)





Se você quer assistir um filme que contenha uma generosa dose de humor inteligente, com um ótimo roteiro e com elenco para lá de afinado. Esse é o filme!
Para minha surpresa, Michael Douglas protagoniza Garotos Incríveis com uma veia cômica que eu até então desconhecia. Michael é Graddy Tripp, um professor de literatura inglesa que há sete anos não consegue concluir seu segundo livro, por conta de um bloqueio sendo que o primeiro foi sucesso de crítica. Tripp tem como hábito fumar um “baseado” sozinho, dentro do carro, enquanto areja a cabeça. Seu editor, Terry Crabtree (Robert Downey Jr.) vem sedento ao seu encontro, para pressioná-lo a concluir o livro, pois sua reputação de editor está em jogo. Terry vem acompanhado por um travesti de dois metros (ele também é homossexual). Mas a adiante ele irá “cantar” descaradamente um dos alunos de Graddy Tripp, James Leer (Tobey Maguire), que também possui talentos literários e que é louco por filmes de suicida. Confesso que não gostei de Tobey protagonizando o Homem Aranha, o achei muito insosso, mas o papel de James Leer caiu como uma luva, pois seu personagem é extremamente lunático. E é justamente James que põe seu professor em apuros. Já não bastava o fato de Tripp ter sido abandonado pela esposa e sua amante que é casada, a reitora Sara Gaskell (Frances McDormand) lhe dizer que estava grávida, tudo isso no mesmo dia, ainda James em um coquetel na casa da Reitora, rouba do cofre do marido de Sara um casaco que Marilyn Monroe usou em seu casamento. Ainda por cima atira com uma arma que ele dizia ser de espoleta no cachorro cego da família quando o mesmo ataca seu professor.
Resta ainda a estonteante Hannah Green (Katie Holmes) com seu indefectível par de botas vermelhas que como Terry, também “canta” descaradamente seu professor. Hannah é inquilina de Graddy e é também uma escritora de talento.
Para fechar, a direção é por conta de Curtis Hanson que também dirigiu Los Angeles – Cidade Proibida. A trilha sonora também solta aos ouvidos sendo que Things Have Changed de Bob Dylan venceu o Oscar de melhor canção.
Em suma, os 112 minutos de duração parece que passam num piscar de olhos, de tão bom que é o filme.

(Texto: Sergio Silva)

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