Se você
quer assistir um filme que contenha uma generosa dose de humor inteligente, com
um ótimo roteiro e com elenco para lá de afinado. Esse é o filme!
Para
minha surpresa, Michael Douglas protagoniza Garotos Incríveis com uma veia
cômica que eu até então desconhecia. Michael é Graddy Tripp, um professor de
literatura inglesa que há sete anos não consegue concluir seu segundo livro, por
conta de um bloqueio sendo que o primeiro foi sucesso de crítica. Tripp tem como
hábito fumar um “baseado” sozinho, dentro do carro, enquanto areja a cabeça. Seu
editor, Terry Crabtree (Robert Downey Jr.) vem sedento ao seu encontro, para
pressioná-lo a concluir o livro, pois sua reputação de editor está em jogo.
Terry vem acompanhado por um travesti de dois metros (ele também é homossexual).
Mas a adiante ele irá “cantar” descaradamente um dos alunos de Graddy Tripp,
James Leer (Tobey Maguire), que também possui talentos literários e que é louco
por filmes de suicida. Confesso que não gostei de Tobey protagonizando o Homem
Aranha, o achei muito insosso, mas o papel de James Leer caiu como uma luva,
pois seu personagem é extremamente lunático. E é justamente James que põe seu
professor em apuros. Já não bastava o fato de Tripp ter sido abandonado pela
esposa e sua amante que é casada, a reitora Sara Gaskell (Frances McDormand) lhe
dizer que estava grávida, tudo isso no mesmo dia, ainda James em um coquetel na
casa da Reitora, rouba do cofre do marido de Sara um casaco que Marilyn Monroe
usou em seu casamento. Ainda por cima atira com uma arma que ele dizia ser de
espoleta no cachorro cego da família quando o mesmo ataca seu
professor.
Resta
ainda a estonteante Hannah Green (Katie Holmes) com seu indefectível par de
botas vermelhas que como Terry, também “canta” descaradamente seu professor.
Hannah é inquilina de Graddy e é também uma escritora de talento.
Para
fechar, a direção é por conta de Curtis Hanson que também dirigiu Los Angeles –
Cidade Proibida. A trilha sonora também solta aos ouvidos sendo que Things Have
Changed de Bob Dylan venceu o Oscar de melhor canção.
Em
suma, os 112 minutos de duração parece que passam num piscar de olhos, de tão
bom que é o filme.
(Texto: Sergio Silva)
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