Destaques

sábado, 22 de outubro de 2011

Grata Surpresa






Surpreendente. Esse foi o adjetivo mais usado por mim ao assistir o show da norte americana Kelly Richey. Nascida em Lexington, Kentucky em 1962, teve como primeiro instrumento o piano, migrando logo em seguida para a bateria. Após alguns meses, seu pai lhe deu um violão e com 15 anos já tocava guitarra chegando a estudar doze horas por dia. Isso fica nítido ao assistir Kelly em ação. Ela com certeza faz muito marmanjo sentir-se uma Barbie tocando guitarra (Eu me incluo nessa).
Eu já admirava alguns talentos femininos das seis cordas como Susan Tedeschi e Ana Popovic (essa última, um amigo me emprestou um dvd em que ela estava na capa e até pensei que era um filme pornô, pra minha tristeza ou alegria, não era). Ambas além de beldades, cantam e tocam um blues rock de primeira. Mas Kelly Richey (ao meu ver) supera as duas, não pela beleza é claro (achei ela uma mistura de Janete da zorra total com Roberta Miranda), mas sim pela técnica e a paixão com que ela toca sua Fender Stratocaster 1963, sua companheira inseparável desde os anos 80.
Percebe-se claramente duas influências seguidas devotamente por Kelly, ou seja, Stevie Ray Vaughan e Jimi Hendrix, mas isso não chega a fazer com que Kelly perca sua personalidade. Há muita criatividade em sua maneira de tocar.
Fico sempre em estado de graça quando conheço músicos dessa safra. Espero que o mesmo aconteça com você.

(Texto: Sergio Silva)
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A voracidade do ódio


Tinha acabado de tirar dez na prova de latim que eu havia ficado de exame. Sai da faculdade com a cabeça estourando. Eu tinha tudo para estar feliz e ao invés de vir a minha cabeça uma música de consagração nos moldes de We are the champions do Queem, me veio a do Slayer chamada War Ensemble. Toda a ansiedade dos dias que antecederam a prova estava ali, armazenada e o Slayer (mesmo que mentalmente) me fez descarregá-la.
O curioso é que eu não ouvia essa música há muito tempo. Meu subconsciente a resgatou e eu nem sei como. Com isso, tratei logo de por a mão no bolso (coisa que não tive coragem de fazer na época, pois tinha uma fita cassete do Slayer que já quebreva o galho) e adquiri o Decade of Aggression que comemorava uma década de serviços prestados pela banda. Esse disco foi lançado em 1991 e teve a produção do renomado Rick Rubin (produtor de bandas como Beastie Boys, The Cult, Danzig, ACDC, entre outras).
Agora, gostoso mesmo é ouvir o cd em questão no fone de ouvido. Você tem a sensação de que seu cérebro irá escorrer pelos ouvidos. A cargo das velozes guitarras temos Jeff Hanneman (mais aveludada) e  Kerry King (com um timbre mais ardido). Nas baquetas, temos um rolo compressor chamado Dave Lombardo. E no baixo, com a voz mais visceral e desesperada do Thrash metal, Tom Araya.
Dizem que o amor constrói e o ódio destrói. Não concordo com essa afirmação. Se o ódio (que todo mundo já sentiu uma dia) for bem canalizado, você conseguirá romper barreiras que com aquela paz de espírito (brochante muitas vezes) jamais conseguiria. Um exemplo: Coloca essa merda de time que virou o Palmeiras pra ouvir esse disco dez minutos antes do jogo, pra ver se os jogadores não vão entrar mordendo em campo. Agora é obvio que haverá destruição, mas não de canelas e sim da jogada do adversário, da reputação do goleiro adversário e do cargo do técnico adversário. (Desculpem a viajada, é que estou puto com o Palmeiras e como estou falando de ódio não pude me conter).
Voltando ao Slayer, mesmo você não sendo fã dessa vertente mais pesada do rock, sempre é bom se dar a chance de ouvi-los, pois eles foram um dos pioneiros desse gênero, junto, é claro, do Metallica, Megadeth e Anthrax.
(Texto: Sergio Silva)
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Quando a admiração é reafirmada




Dia 12 de Outubro, me dirigi até o Estádio do Morumbi no intuito de receber meu presente do dia das crianças. Eu sabia que não seria qualquer presente. Eu sabia que a surpresa seria boa, só não imaginava que minhas expectativas seriam covardemente superadas. Foi o que fez o Eric Clapton, não só comigo (uma entre 45 mil pessoas), mas com todo um estádio que ficou em estado de graça com sua apresentação. Sem dispor de todo aquele recurso visual freqüente em mega shows, Clapton concentrou sua força apenas na música. Acompanhado de uma competentíssima banda (destaque para Steve Gadd que é um monstro na bateria e Chris Stainton, parceiro de longa data de Eric nos teclados) e empunhando sua Stratocaster azul clara, Eric despejou uma saraivada de solos estonteantes (no solo de Old Love segurei as lágrimas com muito custo, uma por que eu estava absolutamente sóbrio e outra por que sou cabra macho). A receptividade para com Eric foi das mais entusiasmadas e isso deve ter colaborado para que ele estampasse até alguns sorrisos e agradecimentos no final das músicas (Haja vista que ocorreram críticas em relação ao comportamento “carrancudo” dele em outras cidades brasileiras).
Assistir shows em estádios é uma tarefa que exige paciência e dinheiro no bolso. Paciência: porque para ir ao banheiro, você precisa encarar uma enorme fila (e torcer para não se mijar, isso se no seu caso não for o número dois que aí complica mais ainda). Para comprar algo pra beber ou comer também tem fila nas lanchonetes, a não ser que você queira comprar de vendedores ambulantes. Dinheiro no bolso: Como estava para cair um dilúvio, resolvi comprar uma capa de chuva. Pagar dez reais num saco plástico foi demais. Vou usar aquela capa para dormir, para transar e até para ir a celebrações como casamentos e formaturas, para ver se compensa os dez conto gastos naquilo.
Mas todo o sacrifício citado acima acaba sendo amenizado quando se assiste um show como este. Ver ao vivo seu ídolo em ação é uma emoção indescritível.
No decorrer do show, aquele cabra macho foi dando lugar ao menino que foi receber seu presente e enfim as lágrimas brotaram naturalmente.

(Texto: Sergio Silva)
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Há males que vêm para o bem






Posso até estar falando besteira, mas como diz o ditado “há males que vêm para o bem”. Nesse caso, refiro-me à saída de David Lee Roth do Van Halen, uma das maiores bandas de rock do planeta. David atuou na banda de 1974 a 1985. Não se sabe ao certo o motivo de sua saída, mas presume-se que o que o motivou, foi a escolha de Eddie Van Halen (para muitos o maior  divisor de águas na arte de tocar guitarra pós Hendrix) por enveredar-se por sonoridades regadas de teclados e sintetizadores, deixando o som da banda um tanto quanto tedioso.
Com o caminho livre para investir em sua carreira solo, David tratou logo de escalar o que havia de melhor em se tratando de músicos. Para a bateria, chamou Gregg Bissonette (que já trabalhou com Joe Satriani, Steve Vai em sua carreria solo e Santana).Para o baixo, David chamou um dos mais geniais baixista da história desse instrumento, Billy Sheehan (que havia tocado no Talas e que posteriormente iria integrar o Mr. Big e também fazer parte da carreira solo de Steve Vai). E finalmente, para a guitarra, David teve a felicidade de trazer para a sua banda o David Copperfield das seis cordas, Steve Vai (discípulo de Frank Zappa, que substituiu outra entidade chamada Yngwie Malmsteen no Alcatrazz e  posteriormente integrou o Whitesnake).   
Juntos, compuseram o álbum chamado Eat ‘Em and Smile, lançado em 1986. Em quanto isso, o Van Halen lançava com Sammy Haga, seu novo vocalista, o álbum 5150, que para muitos, bem mais inferior que os anteriores, (e que na minha modesta opinião, foi mais pela economia de Eddie nas guitarras do que pela ausência de David).
Em Eat ‘Em and Smile, acredite, Steve Vai faz a guitarra falar logo na primeira música chamada Yankee Rose, daí para frente amigo, mesmo que você não seja fã de virtuosismo, fique tranqüilo, a música vence. A sintonia e a performance da banda, salta ao ouvidos. Steve e Billy, são um show a parte, ora duelando com seus respectivos instrumentos, ora tocando em uníssono na velocidade da luz. Quanto a David, tomando as palavras do Capitão Nascimento, David está um fanfarrão, pois percebesse que ele está adorando tudo aquilo.
Ta, agora que você perdeu seu tempo nessas mal traçadas linhas, corre arranjar um jeito de baixar logo esse cd vai.



(Texto: Sergio Silva)
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O Caso dos Irmaos Naves





O caso dos irmãos Naves, um filme que retratou o que muitos dizem ser o maior erro judicial que ocorrerá no Brasil.
O ano de seu lançamento foi em 1967, extraído da obra: “O caso dos irmãos Naves” de JOÃO ALAMY FILHO. Destaca um elenco muito qualitativo entre os mais conhecidos: Anselmo Duarte, Raul Cortez, Juca de Oliveira, Sérgio Hingst, John Herbert, Lélia Abramo com direção de Luís Sérgio Person e produção: Mário Civelli, Glauco Mirko Laurelli, Luís Sérgio Person, Lauper Filmes e MC Filmes e com o grande roteirista Jean-Claude Bernardet.
O filme é em preto e branco, duas cores clássicas, sua historia tem início na cidade de Araguari (MG) que hoje tem cerca de 110.000 habitantes, o ano é o de 1937 em pleno Estado Novo com a instauração do regime ditatorial de Getúlio Vargas, vive-se um grande caos no país, principalmente nas áreas da economia e dos direitos humanos, o enredo conta o desaparecimento de Benedito Pereira Caetano, comerciante, tinha como sócios seus primos os irmãos Naves, Sebastião José Naves (Juca de Oliveira) e Joaquim Rosa Naves (Raul Cortez). Os irmãos dão conta do desaparecimento, denunciam a policia, então começa as investigações. Por pressão da sociedade para acharem um culpado a policia acaba culpando os irmãos, são torturados até assumirem o crime, constituem como advogado de defesa João Alamy Filho(John Herbert), começando assim toda a trama, os acusados sem crime por juri popular que ao final Benedito Pereira Caetano reaparece, não seria muito interressante contar os detalhes, pois assistam ao filme... Ele é rico, atuações dos atores são ótimas, de um portugues bem falado e narrado, foi vencedor do Festival de Brasília 1967, com o Troféu Candango nas categorias: melhor roteiro e melhor atriz coadjuvante (Lélia Abramo), indicado ao Gran Prix no festival de Moscou 1967, em 1968 é considerado o melhor filme do ano pela crítica,  em 1972 fez grande sucesso em Nova Iorque, impressionando a crítica local.

(Texto: John Rudy)
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Caetano Veloso - Araçá Azul





Certamente Araçá Azul e a obra mais ousada do cantor e compositor Caetano Veloso, que abusa de todos os ingredientes Tropicalistas. Lançado em 1973, este disco e a síntese de um artista a frente de seu tempo que escancarou ainda mais todas as suas influencias artísticas, pois antes deste álbum já havia registrado obras do calibre de ‘’TRANSA’’ e ‘’TROPICALIA’’.
Os arranjos de Rogerio Duprat e a participação de Edith Oliveira, mais conhecida como Dona Edith do Prato, evidenciam a erudição e bom gosto desde grande artista. Com um apanhado de referencias suas letras flertam um universo poucas vezes explorado.
O disco não foi compreendido e consequentemente se tornou um fracasso comercial. Quase 40 anos depois, o álbum ainda e forte e visceral, mas certamente, ficara escondido em meio a tantas bobagens de nosso tempo.

(Texto: Roberio Lima)

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Steve Jobs - O mito





Steve Jobs é um verdadeiro HD que jamais poderá ser apagado, servindo de plataforma para as novas formações e tecnologias do futuro.  Servindo a sociedade para a modernidade que o gênio da maçã poderia produzir.  Com a carga da mudança de vida de muita gente.
Filho de mãe solteira, que logo em sua infância queria colocá-lo para adoção e assim pudesse ter uma vida melhor com seus adotantes, deste modo ter acesso a escolas melhores, foi inscrito por fraude matriculado em uma escola caríssima que minava toda a riqueza de seus pais. Em apenas um semestre já descobria o gênio que havia dentro dele, mas resolveu parar para poupar seus pais.  Começou a assistir aulas avulsas e dormia no chão dos quartos de alguns amigos, tinha dificuldades até para se alimentar.
 Em uma de suas falas num discurso célebre, uma legendária palestra como paraninfo de formandos da Faculdade de Stanford em 2005: “Vocês não podem conectar os pontos olhando adiante e sim olhando para trás, e quando vocês tem que confiar que os pontos vão se conectar no futuro, vocês tem que confiar  de algum modo em alguma coisa seu intestino, seu destino, a vida, carma seja lá o que for, isso nunca me fez desistir e fez toda a diferença de minha vida. É preciso descobrir aquilo que amamos, isso vale tanto para a vida afetiva quanto para o trabalho, o trabalho ocupa uma parte substancial de nossas vidas. Caso não encontrarem aquilo que amam continuem procurando, não se contentem com menos que isso... “  Há oportunidade ler o texto na integra que provavelmente pode ser encontrado na internet e de preferência é bom ler em um Ipad.

(Texto: John Rudy)

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Letras simples mas bem elaboradas.

Ontem ao ouvir a coletânea dos Titãs chamada 84/94 percebi algo que ainda não havia percebido, ou seja, a genialidade de seus integrantes ao compor músicas com pouquíssimas palavras. São dois exemplos. O primeiro é O QUÊ (do antológico álbum Cabeça de Dinossauro) música composta por Arnaldo Antunes (o grande cabeça pensante da banda em minha modesta opinião). Nessa música, Arnaldo consegue dar um nó na cabeça do ouvinte, coisa de louco mesmo. Vale ressaltar também a sensacional linha de baixo tocado por Nando Reis.O Segundo exemplo é NÃO É POR NÃO FALAR ( do álbum Tudo ao mesmo tempo agora), música  creditada aos Titãs (não cita um integrante específico). Essa capacidade de esmiuçar e sintetizar as palavras, já vem lá de trás, como pode se notar em Why Don’t We Do It In The Road, música dos Beatles do Álbum Branco.
Não me lembro onde ouvi ou onde li o mestre Chico Buarque dizendo que a letra não é de forma alguma mais importante que a música. Levando em conta que o Chico é sem dúvida o maior letrista da música brasileira, soa até estranho.

http://letras.terra.com.br/titas/86541/nao-e-por-nao-falar-print.html

(Texto: Sergio Silva)

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Janela da Alma




Não sou especialista em cinema, tampouco no gênero documentário, mas certo dia, por acaso, assisti a um filme chamado "A janela da Alma"  dirigido por  João Jardim e Walter Carvalho, neste documentário várias pessoas entre personalidades do cinema, da poesia, da literatura, da fotografia e da música, além de anônimos, todos com algum grau de miopia até a cegueira total, falam da sua relação com a deficiência visual e como veem o mundo e a si mesmas. Mas do que um simples documentário sobre um problema de ordem física, temos diferentes visões sobre o mundo e o próprio ser humano na sua relação com o outro e consigo mesmo. Essa pequena obra prima nos revela de que forma são construídas as subjetividades e nos faz refletir sobre a nossa própria capacidade de ver e refletir sobre o que vemos. Entre as entrevistas vale ressaltar as de personalidades como a do escritor português José Saramago, do cineasta alemão Wim Wenders e do músico brasileiro Hermeto Pascoal, são belas reflexões sobre as diferentes formas de enxergar o mundo, seja através da visão ou de outros sentidos que supram a sua falta ou deficiência.

(Texto: Nilton Aquino)
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sábado, 8 de outubro de 2011

Johnny Alf - A Lenda.



Alfredo Jose da Silva, mais conhecido como Johnny Alf, o mestre da voz e precursor da bossa.  Deixou um legado maravilhoso e cheio de clássicos que moldaram o desenvolvimento do estilo que virou sinônimo de boa musica.
O disco NOS foi meu primeiro contato com a obra deste gênio. E não haveria como começar melhor, pois nele temos a oportunidade de transitar por caminhos intensos, sofisticados e pouco explorados, que nos remetem a uma sensação de exclusividade e de raro prazer.  Não da para ficar indiferente a sua voz e ao seu piano que moldam cada frase das canções do álbum.
Ivan Lins faz uma participação especial neste clássico e deixa explicita a nascente de sua fonte. Muitos outros se inspiraram no mestre, inclusive outros mestre como TOM JOBIM E JOAO GILBERTO. Agora da para ter uma ideia do que foi esse período recheado de criatividade.

(Texto: Roberio Lima)
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dois Irmãos: Obra prima da literatura contemporânea brasileira.

Dois irmãos é o título do segundo livro do escritor e professor de literatura da Universidade Federal do Amazonas, Milton Hatoum. Esse livro deu a ele o Prêmio Jabuti de 2000 (o segundo dos três livros vencidos por ele no mesmo prêmio). Milton Hatoum é descendente de libaneses e essa característica o influenciou ao compor os personagens de Dois Irmãos.
A história se passa na cidade de Manaus (mas o autor também menciona o sul do Líbano que é de onde veio a geração anterior e São Paulo, destino de um dos personagens). O livro começa pelo fim, ou seja, nos anos 60, voltando para os anos 20 e retornando para os anos 60. Outra curiosidade é a discrição do narrador (o livro é em primeira pessoa), pois só sabemos seu nome quase no fim.
Nos 12 capitulo, Hatoum descreve com uma linguagem bastante acessível, a decadência de uma família, que tem como personagens principais os dois irmãos gêmeos, Yaqub e Omar, que possuem personalidades completamente distintas, fato esse que contribui para um sério problema de relacionamento.
Fica aqui a dica pra você que quer ler um livro de altíssima qualidade literária e com uma linguagem bem simples.
(Texto: Sergio Silva)
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sábado, 1 de outubro de 2011

Die letzte Schlacht gewinnen wir - Ton Steine Scherben





Aqueles que, assim como eu, são amantes do bom e velho rock´n´roll e possuem um repertório mais variado com certeza conhecem bandas de diversas partes do mundo, mas a grande maioria, se não todas, cantam em inglês. O domínio do idioma inglês não só no campo artístico como em outros não é nenhuma novidade e tampouco vou aqui explicar as causas e consequências, não é esse o meu propósito. Enfim, desde muito tempo sempre me interessei por outras culturas e naturalmente por outros idiomas, foi motivado por este interesse que comecei a pesquisar sobre bandas que cantassem em seu idioma nativo, comecei pelo francês, idioma no qual encontrei grandes bandas, mas foi quando comecei estudar alemão que fui pesquisar sobre bandas que cantassem no idioma alemão e foi então que decobri uma banda muito interessante, não que seja a melhor a cantar na sua língua mãe, afinal ,quanto a o som em si, está longe da qualidade do Novalis, mas o que me chamou a tenção foram as letras que, apesar de na época ainda engatinhar no idioma ,me chamaram a atenção. O Ton Steine Scherben, de quem estou falando, foi uma banda dos anos 70 que incorporou o espírito político da época em suas letras, com uma linguagem panfletária e um som agressivo pregavam a revolução socialista, influência visível dos movimentos de esquerda que literalmente incendiaram a Alemanha nas décadas que se seguiram ao pós - guerra. É legal ver como a juventude daquela época se apegava a um ideal, mesmo que utópico e muitas vezes contraditório, enquanto hoje o único ideal que habita mentes e corações é o consumo desenfreado, fruto de um vazio existencial assustador, ou como a banda em questão falava em uma de suas letras: Der Traum ist aus. 

         (Texto: Nilton Aquino)

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Paixão, finesse e fúria.

Já faz um tempão, era final de Domingo e já estava prestes a desligar a tv e me recolher, quando decidi mudar o canal para a Tv Cultura. Percebi que seria exibido o show de Stevie Ray Vaughan. Um amigo meu já havia mencionado seu nome, dizendo que se tratava de um exímio guitarrista. Esse show foi gravado em 1983 no Canadá em um famoso bar chamado El Mocambo ( o dvd chama-se Stevie Ray Vaughan live at the El Mocambo).
Nessa época, eu já tinha minha guitarra (e a tenho até hoje) e confesso que depois de ter visto a performance de Stevie, pensei até em vendê-la e comprar um pandeiro, para tentar a carreira de pagodeiro (é claro que estou brincando, pois odeio esse gênero musical). Stevie era um cara que não se poupava como alguns artistas que escondem o jogo até o grand finale. Logo de cara, após a apresentação de uma espécie de mestre de cerimônias, (não se vê quem apresenta, apenas se ouve a voz) ele entrou tocando a frenética Testify. Para mim aquilo foi como uma patada, nem consegui ficar mais deitado (assisti o show inteiro sentado na cama). Stevie não deixou de homenagear seus ídolos, turbinou Voodoo Chile e barbarizou sua guitarra em Third Stone from the Sun , ambas de Jimi Hendrix. Alías, uma das coisas em comum entre Stevie e Hendrix, era justamente a fúria e a paixão com que ambos empunhavam suas guitarras..  Para eles, cada show era como se fosse o último. Mas o ápice de sua performance ocorre em Texas Flood, é nela que Stevie deitou e rolou, fazendo com que meu queixo fizesse companhia aos meus pés. Infelizmente, para Stevie, seu último show foi sete anos após de El Mocambo. Em 27 de Agosto de 1990, após retornar de um show onde havia dividido o palco com Eric Clapton, Robert Cray e Buddy Guy, o helicóptero onde viajava Stevie e membros da equipe de Clapton, colidiu com uma pista artificial de ski, dando assim fim ao músico que revigorou o blues, que já dava sinal de cansaço.
(Texto: Sergio Silva)
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