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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Robert Cray – Cookin In Mobile





Após uma longa dúvida sobre qual disco citar desse Bluesman de primeiríssima grandeza, optei por Cookin In Mobile. A dúvida perdurou em virtude da sensacional discografia de Robert. A princípio, minha intenção era escrever sobre Midnight Stroll, lançado em 1990, mas pasmem, acabei pegando uma certa bronca do mesmo, pois as composições são de alto nível e as músicas não saem mais da cabeça. É um inferno!
 Cookin In Mobile é seu terceiro álbum ao vivo lançado em 2010. Nele, Robert Cray destila a fórmula que o consagrou, ou seja, a mistura da chama incendiária do Blues, com a doçura da Soul Music. Sua voz anasalada e o timbre seco de sua guitarra também realçam suas características o tornando personalíssimo. Cooking In Mobile foi gravado em Mobile no Alabama e os músicos que acompanham Robert são Jim Pugh nos teclados, Tony Braunagel na bateria e Richard Cousins no baixo.  O show começa com Our Last Time, um convite para se abrir uma garrafa de vinho. Nela tanto Robert como Jim Pugh dividem os holofotes, aliás, enquanto Jim gasta o piano e em seguida o órgão (não vão pensar besteira hein!) em um solo memorável, Robert intercala  swingando suavemente sua guitarra, até chegar a hora e descer o braço também. Em seguida entra Anytime, uma canção mais pop que não deixa a peteca cair. Em Love 2009 o lado Soulman de Robert Cray começa a aflorar. Linda música! Já "Right Next Door (Because Of Me) se encarrega de levantar a plateia. Já tornou-se um clássico de Robert. Chega a vez da minha preferida: Chicken In The Kitchen. Um blusão para ninguém botar defeito, simplesmente perfeita. Sitting on Top of the World é um clássico do blues. Agora, experimente antes de sair para o trabalho, ouvir One In the Middle. Pelo menos meu caso,  sai leve e feliz e ninguém foi capaz de tirar minha paz. Talvez por ter um tecladinho a lá Oh Happy Day. Em suma, essa música é um verdadeiro descarrego. Para finalizar Time Makes Two é de dar um nó na garganta, se bem que ao meu ver, ela não foi capaz de superar a versão tocada por Robert no Crossroads Guitar Festival.
Infelizmente até onde eu sei esse álbum só se encontra importado e deve custar uma boa quantia. Mas vale a pena, vai por mim.

(Texto: Sergio Silva)

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