Gravado em Novembro de 1970, Tecnicolor dos
Mutantes foi lançado somente em 1999. A gravação deste disco ocorreu durante uma
visita que a banda estava fazendo na França. O disco tem músicas cantadas em
vários idiomas (Espanhol, Francês, Português e Inglês como idioma predominante)
e por conta disto seu lançamento foi abandonado.
Apesar de Tecnicolor ter sito engavetado, todos
estes idiomas cantados são em muito bom gosto, longe de ser um pastiche de uma
banda brasileira querendo agradar e se iniciar no mercado internacional.
No geral o disco é composto por algumas músicas
que já e eram conhecidas no Brasil, mas que na ocasião foram regravadas com
nova roupagem.
O trabalho é bem eclético com nuances de
Bossa Nova numa belíssima versão em “Baby” de Caetano Velloso, conta também com
a influência da música Nordestina com “Adeus Maria Fulô” de Sivuca e Humberto
Teixeira. Os Mutantes também regravaram uma levada no violão ao estilo Samba Rock
com “She´s My Shoo Shoo”, versão de “A Minha Menina” composta por Jorge Ben.
Destaca-se também outra versão em inglês para
uma música de Caetano Velloso e Gilberto Gil, desta vez é “Panis et Circenses”.
E por fim a faixa título Tecnicolor, que é um dos pontos altos deste trabalho.
O curioso é que Technocolor com a
letra H era também um processo de
coloração de filmes que foi muito utilizado durante os anos 60. Coincidência ou
não, Tecnicolor em sua essência com
todas as suas cores e sensações retrata muito bem como era o som psicodélico daquela
época!
Produzido por: Carlos Olmes
Arnaldo Baptista, vocais e teclados.
Rita Lee, vocais e Guitarra.
Sergio Dias, vocais e teclados.
Arnolpho Lima Filho (Liminha), baixo.
Ronaldo Leme (Dinho), bateria e percussão.
Produção executiva de Marcelo Fróes.
(Texto: Andre Oliveira)
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