Quando fiquei sabendo que o D.R.I se
apresentaria no Brasil, de inicio achei que poderia ser mais um daqueles boatos
que servem apenas para nos frustrar , mas depois de certo tempo foram
confirmadas cinco datas que deixariam os fãs brasileiros(me incluo nessa) em
estado de graça. Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo
foram às cidades escolhidas para que os mestres do crossover despejassem uma
avalanche de clássicos.
Confesso que esperei por muitos anos
esse momento, e a data de São Paulo poria fim a minha espera. Cheguei às imediações
do CARIOCA CLUB, em Pinheiros (que abriga com frequência shows de pagode) e já
havia certa aglomeração na porta, ate porque, ninguém queria perder as bandas
convidadas (ACAO DIRETA e VIOLATOR) que foram responsáveis pela abertura do
show. Mas mesmo antes da abertura dos portões os headbangers foram contemplados
com uma inusitada apresentação do “duo” TEST em plena calcada da Rua Cardeal
Arco Verde que serviu para aquecer os motores dos mais afoitos.
Já dentro da casa, assisti a apresentação
dos batalhadores do ACAO DIRETA que tem um trabalho muito respeitado na cena
underground e que possui uma boa quantidade de Fãs. O VIOLATOR entrou em
seguida, e não precisamos falar que o caos foi instaurado, pois os caras tem uma
energia pouco vista e uma desempenho esmagador, destaque para a participação do
baixista do D.R.I (Harald Oimoen) que ficou todo o tempo interagindo com Pedro
Poney, vocalista da VIOLATOR.
Depois de um intervalo entra no palco uma das bandas mais queridas da musica pesada. Spike Cassidy, Kurt
Brecht, Rob Rampy e Harald Oimoen já entram detonando com “Beneath The Wheels”,
e ai meus amigos, o que se viu foi uma sequencia de “Circles Pits” que
cessariam apenas com o fim da apresentação. “Thrashard” , “Five Year
Plan”, “Abduction” e “I Don’t Need Society” foram algumas das musicas apresentadas. Sem frescura ou estrelismo desnecessário
os caras fizeram uma apresentação exatamente como eu esperava. Ao fim do show
sai literalmente com a alma lavada.
(Texto: Roberio Lima)
Nenhum comentário:
Postar um comentário