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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Scott Fitzgerald - Belos e Malditos



Belos e Malditos foi o segundo romance escrito por Francis Scott Fitzgerald (1896-1940), publicado em 1922. Nesse livro, Scott Fitzgerald descreve com extrema maestria o período chamado a Era do Jazz. Esse período que teve início no começo da década de 20 foi regido por uma prosperidade descomunal e os jovens que usufruíram dela foram chamados de Flamingo Youth (Juventude Flamejante). Mas infelizmente para os americanos a Era do Jazz durou apenas até a grande depressão em 1929
Belos e Malditos foi o primeiro romance que li de Fitzgerald, em seguida li O Último Magnata (terminado por Edmund Wilson, que utilizou as anotações de Fitzgerald que faleceu antes de concluí-lo) e que teve sua versão para o cinema em 1976 com Robert De Niro. E por fim o aclamadíssimo O Grande Gatsby, que também teve sua versão para o cinema em 1974 com Robert Redford como Jay Gatsby.
Posso estar cometendo uma heresia, mas esse último, a meu ver não superou de forma alguma Belos e Malditos. Na verdade fiquei até decepcionado, pois sua fama é tão grande que fiz questão de deixá-lo para ser lido por último.
O que me encanta em Belos e Malditos é como Fitzgerald nos envolve em sua narrativa. Nessa aventura, somos apresentados ao casal protagonista, Anthony Patch e Glória Gilbert . Conhecemos suas personalidades e testemunhamos os altos e baixos de seu casamento. Claro, sempre regados a bebidas e extravagâncias, sustentados pelos juros medíocres de uma herança herdada de sua mãe. O avô de Anthony é o milionário moralista, chamado Adam J. Patch e em razão do estilo do neto, o priva de regalias, gerando em Anthony o desejo de o velho morrer para abocanhar sua fortuna.
Há também personagens que por serem secundários, não são menos interessante, como os amigos de Anthony, Maury Noble (talvez o mais centrado) e Richard Caramel (escritor iniciante tremendamente subestimado por ambos).
A tônica da obra é pautada na futilidade e na preocupação com as aparências vivida pelo casal, de forma absolutamente irresponsável (para se ter  ideia, ambos abominam o trabalho) e essa escolha se sustenta até determinado momento, dando início a um trágico declínio.
Nossa, acho que já contei demais, então vou parar por aqui, pois tenho planos de futuramente escrever um ensaio sobre essa obra.
P.S. Para quem não sabe, tem uma música do Capital Inicial que leva o nome desse romance e sua letra descreve um pouco do ocorrido nesse período, além de também fazer menção a outro título de Fitzgerald chamado Suave é a Noite, publicado em 1934.
 Então vai lá, não perca tempo e mergulhe de cabeça no universo desse que foi sem dúvida um dos maiores escritores do século XX!


(Texto: Sergio Silva)

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