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domingo, 24 de janeiro de 2016

Ratos de Porão - C.E.U. Aricanduva 23/01/2016








São Paulo completa 462 anos amanhã, mas as festividades já começaram e O C.E.U. Aricanduva sediou um dos eventos mais improváveis para comemorar essa data. Imaginar o Ratos de Porão tocando para uma plateia sentada, é no minimo esquisito e certamente não estava nos planos fazer um show acústico. Bom, a duvida permaneceu por todo o período em que esperávamos a entrada para o teatro. Será que teríamos que assistir ao Ratos de Porão sentados?
Inicialmente o evento que estava agendado para as dezoito horas atrasou e, com o publico já se acomodando nas poltronas (?!), podemos ouvir da platéia os ajustes finais nos instrumentos. Em poucos instantes as cortinas se abriram e lá estavam João Gordo, Juninho, Boka e Jão empunhados de suas ``armas´´ para começar o massacre. Lembra que falei que estava todos sentados? Quando ``Amazônia Nunca Mais´´ jorrou pelos amplificadores, as poltronas se tornaram meros trampolins e o mosh pit se transformou em um pandemônium.
Clássicos e mais clássicos foram executados impiedosamente diante de ``seletos espectadores´´ ensandecidos e ``joias´´ como ``Morrer´´ e ``Crucificados Pelo Sistema´´  jamais se ausentariam em uma apresentação desses quatro cavalheiros. Digo isso, pois tirando o Juninho, que é o caçula da banda, todos estão ou já ultrapassaram a faixa dos cinquenta, mas a energia continua intacta. Afinal, não é pra qualquer um levar o som que eles levam com tanta agressividade.
Vale registrar que os caras tocaram três sons do ``Feijoada Acidente? - Brasil´´, e foi um tiro certeiro na cara dos que insistem em profanar as besteiras habituais - como a mais reproduzida; onde alguns idiotas insistem em dizem que os caras se venderam ou que traíram o movimento. Muito pelo contrario, pois eles carregam a bandeira do som pesado a mais de trinta e cinco anos com integridade irretocável. 
Vamos torcer para que mais eventos como esse se tornem rotina na agenda das unidades do C.E.U. e que o Ratos não demore a voltar!



(Texto: Robério Lima)








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