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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Bowie - A morte De Um Gênio De Muitas Faces.









Mais um ícone das artes contemporâneas nos deixa para integrar o hall dos grandes realizadores, e entrar definitivamente para o seleto grupo dos “imortais”. Sim, para definir um artista da magnitude de David Bowie não há outra forma que não seja essa, pois além de ter flertado com o rock, jazz, música eletrônica, soul e o que mais fosse necessário para materializar sua genialidade, ainda criou personagens inesquecíveis que eram indissociáveis de sua música, ao ponto de que um não poderia existir sem o outro. Esse dom se comprova em suas aparições cinematográficas que também lhe renderam bons frutos, vide “ O Homem Que Caiu Na Terra” de Tony Scott ou “Furyo” de Nagisa Oshima. Apesar de serem vistos com certo desdém na época, hoje se tornaram cult.
Clichês para definir Bowie sempre circularam de forma muito frequente e a mais famosa é a de “camaleão do rock”. Nesse caso Nelson Motta, em sua coluna eletrônica semanal ao Jornal da Globo,  foi muito feliz em discordar dessa tese, pois ainda em suas palavras “David Bowie não ``roubava´´ as cores do ambiente como um camaleão, ele radiava suas próprias cores”. Seu rico legado não compreende somente os vinte e cinco discos gravados em estúdio (já contando com o último álbum, que foi lançado quatro dias antes de sua morte). E por falar nesse ultimo disco - “Blackstar” veio como uma espécie de testamento, pois Bowie já lutava contra um câncer a dezoito meses e sabia que não havia cura.
Se fizermos um rápido “balanço” de seus serviços prestados, veremos ainda as ramificações pulsantes no seminal “Transformer” disco que produziu para o amigo Lou Reed ou nas mixagens do “.Raw Power“ dos Stooges, só para ficar em dois exemplos.
Deixe as comoções baratas que costumam contaminar as redes sociais de lado e entre de cabeça no universo de Bowie, prestigie sua obra e compartilhe sua arte com o maior número de pessoas possível. Você estará fazendo um favor para elas e principalmente para si mesmo.



(Texto: Robério Lima)


Um comentário:

  1. Não há como discordar das palavras do nosso amigo Robério, sem dúvida a maior homenagem que se pode fazer a um gênio da magnitude de David Bowie é simplesmente divulgando sua obra para as pobres almas que ainda não conhecem a fundo sua música. Foi se o homem, mas o artista é eterno.

    Nilton Aquino.

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