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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Monsters Of Rock - 19 e 20 de Outubro de 2013








Depois de um enorme hiato, eis que novamente um dos festivais mais queridos entre os que apreciam o som pesado volta a ser realizado em São Paulo. Agora sem o suporte da famosa empresa holandesa e com duração de dois dias, a Arena Anhembi foi o local escolhido para sediar o esperado evento.
Em seu cast, os organizadores optaram por mesclar os estilos, mais especificamente o metalcore e o hard rock que nessa ordem, foram divididas pelos dois dias do festival. Além das bandas que falaremos mais à frente, foi escalado como mestre de cerimônia Eddie Trunk, apresentador do renomado programa “That Metal Show”veiculado pelo canal VH1 para ser o mestre de cerimônia.
Já as bandas escaladas foram muito festejadas e apesar de alguns nomes questionáveis, agradaram em cheio. As bandas nacionais não poderiam ficar de fora  e o Project 46 foi o responsável pela abertura do evento. O Hellyeah, banda capitaneadas por Vinnie Paul (ex Pantera) estava escalada para o mesmo dia, mas por problemas pessoais a apresentação foi cancelada. Na sequência os franceses do Gojira deram ao público o que se esperava e com um som bastante agressivo foi bastante festejado. A atração seguinte já era bastante conhecida por essas terras, mas essa seria a primeira vez em que o Hatebreed tocaria em um festival “open air”no Brasil e a empolgação foi grande entre banda e público. O auge da apresentação ficou por conta da homenagem ao Sepultura com “Refuse/Resist” que contou com a participação de Andreas Kisser, ótima apresentação. Ainda com um calor muito forte o Killswitch Engage trouxe o seu metalcore bastante agressivo para deleite dos mais afoitos.
Já a noite o Limp Bizkit tocou alguns de seus temas mais conhecidos e fez covers de Nirvana e Rage Against The Machine. Com a primeira dia do festival já chegando ao seu fim era a hora das principais atrações e a vestimenta do público era predominante dessas bandas. E foi a vez do Korn trazer o seu “Nu Metal” e incendiar a público já em êxtase. O clímax da apresentação mais uma vez ficou a cargo da participação de Derrick Green e Andreas Kisser com a já indispensável “ Roots Blood Roots”. Dia de justa homenagem ao mais ilustre representante do metal nacional. Para fechar a noite ninguém melhor que os mascarados do  Slipknot que com sua já conhecida performance arrebataram definitivamente o público que naquela altura já estava em êxtase, junte tudo isso aos som pesado e a movimetação insana dos caras para não ficar dúvidas que a escalação desses “monstros” do Nu Metal foi mais que acertada. E vamos para a segunda noite...
Ao contrário do primeiro dia, podemos perceber logo de cara que o dia seria reservado para um público mais tranquilo, pois as principais atrações são sinônimo de festa regada a muita bebida e mulheres em abundância. Vencedores de uma promoção realizada pela organização do festival, o Eletric Age foi responsável pela abertura do segundo dia e na sequência o Dr. Pheabes deu continuidade aos trabalhos. Outro “Doctor” veio em seguida, mas esse já possui prestígio merecidamente conquistado com anos de trabalho árduo e festivais já são corriqueiros em seu currículo. O Dr. Sin enfrentou um calor fortíssimo para dar ao público o que se esperava; muito hard rock executado com excelência. Algum tempo depois a banda anunciou o fim das atividades. Uma pena... O Dokken foi um dos baluartes do hard rock dos anos oitenta e possui em sua discografia clássicos que ajudaram a imortalizar o estilo. A apresentação infelizmente não foi aquela que Don Dokken costumava entregar em seu auge, mas o publico nao deu a minima para esse “detalhe” e Curtiu bastante. Geoff Tate’s Queensryche é a versão de Tate para o grupo que o consagrou em um passado não tão distante. O que podemos ver foi que não decepcionou, mas ficou longe de empolgar, a nova encarnação do Queensryche vem dando muito mais o que falar...
O Buckcherry era a única banda gringa formada nos anos noventa, mas trouxe um hard rock visceral que mesmo não empolgando tanto esquentou o público para o que viria a seguir. E foi uma viagem fantástica, pois não acreditava mais em uma vinda do Ratt ao Brasil e ainda mais com a  formação que fez muito marmanjo como eu ir as lágrimas. “Round And Round”, “Body Talk” e “Lay It Down” foram algumas das pérolas executadas. Realmente foi daquelas apresentações para chorar de alegria. O Whitesnake desde de sua primeira apresentação no “ Rock In Rio”, foi presença constante no Brasil e teve momentos memoráveis por esses lados, acontece que os tempos são outros e a voz de Covardale está longe de ser aquela que o fez ser considerado “a voz”. Mesmo assim é sempre bom vê-lo executando clássicos imortais de sua trajetória.
E finalmente a festa estava chegando ao fim e não poderia ser encerrada de outra forma que não fosse com um dos mais relevantes nomes do rock. Sim o Aerosmith é uma das formações que mais se mantém fiel ao estilo e que mantém a mesma formação durante anos. As performances de Steve Tyler e Joe Perry ainda empolgam, executando clássicos como “Eat The Rich” ou “Love In An Elevator” mesclados com músicas mais recentes (e já clássicas) “Crying” e “Livin’ On The Edge”, se não bastassem ainda fizeram uma homenagem a uma de suas influências com “Come Together” (The Beatles). Não precisa dizer que fecharam a segunda noite e o festival no mais alto nível. No final o saldo foi extremamente positivo e abriu as portas para mais uma edição em 2015 com Kiss e Ozzy Osborne como headliners, mas essa já é uma outra história...



(Texto: Robério Lima)

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