A morte de Lemmy é algo difícil de digerir, pois sua vida e obra são motivo de louvor entre os que escolheram admirar o som pesado que ele defendeu durante toda sua trajetória como um estilo a ser seguido(me incluo entre esses). Ele não era só um personagem, Lemmy realmente era aquilo que levava para os palcos e talvez por isso seja a principal referencia quando falamos de espirito libertário no rock.
Sua figura emblemática e seus inúmeros discos, cheios de clássicos imortais, foram e continuarão sendo fonte de energia para muitos, pois Lemmy nunca se preocupou em “tirar o pé do freio”, e por anos dilacerou tímpanos com sua máquina chamada Motorhead. Seus excessos nunca foram segredo para ninguém e sua vida foi vivida com muita intensidade até o último momento. Mesmo assim, foi dolorido ver o mestre cancelar a apresentação no último Monsters Of Rock em São Paulo por problemas de saúde. Sinal de que algo não andava bem.
Lemmy nos deixa para ser definitivamente canonizado como “Deus”, pois nenhum outro adjetivo seria mais apropriado para definir o ícone da rebeldia, e que no auge de seus setenta anos permanecia representando gerações de jovens revoltados ( com ou sem causa), com sua música altíssima, pesada e ainda relevante. Me utilizo da citação de um colega, onde ele diz que Lemmy estragou sua vida, mas tenho que acrescentar que certamente estragou para melhor - “Lemmy is God”!
(Texto: Roberio Lima)
Tive a honra de assistir a mais de um show do motorhead (alguns na faixa, graças a o camarada Roberio)e em todos a sensação foi a mesma:uma corrente elétrica que percorria nosso corpo liberando uma energia que só o puro rock and roll é capaz. A figura de Lemmy era simplesmente a personificação do rock pesado e, mesmo após sua partida continuará eternamente fazendo parte do imaginário de qualquer verdadeiro fã do rock pesado. Lemmy saiu dos palcos para entrar no panteão dos deuses do rock, merecidamente.
ResponderExcluir