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domingo, 10 de janeiro de 2016

O Poderoso Chefão - Parte I (The Godfather)








Os tempos estavam mudando e uma nova safra de diretores americanos surgia para subverter o velho esquema dos grandes estúdios de cinema na América. O início dos anos setenta foi  o ponto de partida para que jovens e inquietos artesãos da sétima arte  tomassem  as rédeas de produções que se tornariam referencia para dez em cada dez diretores que surgem nos tempos de hoje. Steven Spielberg, George Lucas e Francis Ford Copolla foram alguns dos responsáveis pelo que ficaria conhecido como ”cinema autoral independente”. Com baixo orçamento e pouco apoio dos grandes estúdios conseguiram realizar obras de primeira grandeza e com uma estética inovadora.
Dos filmes realizados nesse período um pode ser encarado como unanimidade entre cinéfilos e críticos, falo do “Poderoso Chefão – Parte I” (The Godfather) que se tornaria uma das maiores sagas sobre máfia já criadas na história do cinema (mais duas sequências seriam realizadas; a espetacular “Parte II”e a não tão inspirada “Parte III”).
A começar pelo elenco que contaria com o já renomado astro Marlon Brando que imortalizou “Don Vito Corleone” e Al Pacino, em seu primeiro papel de destaque como Michael Corleone, vale também destacar as atuações de Robert Duval, Diane Keaton, James Caan e grande elenco. Copolla não teve vida fácil durante o período de produção do filme e para ficar em um exemplo, foi obrigado a submeter Marlon Brando a um teste para encarnar o “Chefão”. Nino Rota foi o responsável pela trilha sonora que serve mais como moldura para o que se vê na tela, tamanha a sincronia entre imagem e música.
O jogo de poder é o ponto de partida para que uma luta, algumas vezes cerebral, e na maioria do tempo extremamente violenta, conduza uma quase biografia do cotidiano da máfia proveniente da Sicília - não por acaso Copolla foi acusado de fazer propaganda para a máfia alimentando os muitos boatos envolvendo o filme. Polêmicas a parte, o mais importante é ver o filme muitas vezes, sem restrições, pois a cada revisão será uma aula a mais do que de melhor foi produzido no cinema.



(Texto: Robério Lima) 


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