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domingo, 9 de dezembro de 2012

Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida





Eu já estava paquerando esse livro algum tempo. Não havia lido ele por relaxo, mas eu sabia de sua importância na literatura brasileira. O que eu não sabia, era que eu iria me divertir muito ao lê-lo. Foi uma das leituras mais prazerosas que tive. Comecei lendo-o na fila do Poupa Tempo. Havia cinquenta e oito pessoas na minha frente. A princípio pensei até em desistir do meu objetivo, que era renovar meu RG. Sentei-me num banco de madeira junto de todas essas pessoas que haviam chegado antes de mim e enquanto esperava uma resolução do que eu faria, abri o Memórias de um Sargento de Milícias e comecei a ler. Confesso que o livro já me pegou no primeiro parágrafo. Dali a diante, percebi que o atendimento era bem ágil e confesso que aquela tarde estava tão prazerosa que passei a torcer para que o atendimento fosse mais moroso. Enfim, sai de lá com a metade do livro lido. As páginas restantes li em duas noites, para me deliciar mais.
Memórias de um Sargento de Milícias foi escrito por Manuel Antônio de Almeida, entre 1852 e 1853. A princípio o livro foi publicado em capítulos no Correio Mercantil. Nessa época, Manuel Antônio de Almeida utilizou o pseudônimo de Um Brasileiro. Memórias de um Sargento de Milícias narra a saga do menino Leonardo (Que viria a se tornar o Sargento de Milícias). Além de Leonardo, há inúmeros personagens interessantes como o Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça, pais de Leonardo, o compadre e a comadre que defendem com unhas e dentes o Leonardo e a Luisinha, que aos olhos de Leonardo era completamente desengonçada, mas com passar do tempo torna-se sua grande paixão.
Essa é uma breve dica sobre essa obra que foi e ainda é uma das principais produções literárias do Brasil no Século XIX.

(Texto: Sergio Silva)

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