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sábado, 14 de janeiro de 2012

Não Julguemos a Aparência (Parte 2)



Essa foi a segunda vez em que fui surpreendido, ou seja, onde tive a oportunidade de conhecer um música através de uma situação inusitada.
Era uma casa noturna que possuía vários ambientes, como: Sertanejo, Forró e Karaokê. Eu tinha ido até lá no intuito de pegar alguma periguete, mas só não sabia que aquele definitivamente não era o meu dia. Foram enxurradas de fora e minha última opção foi investir numa baranga que estava em uma mesa tomando um conhaque dreher (por aí já dá para imaginar o naipe) e desta vez também não foi diferente, não obtive sucesso. Inconformado, resolvo então dar uma passada no karaokê e presencio uma cena um pouco patética. Um rapaz extremamente desafinado estava praticamente declamando a música Via Láctea da Legião Urbana. Me chamou a atenção, a forma compenetrada em que ele cantava, embora desafinado, havia muita emoção em sua voz.
Via láctea fizera um grande sucesso em seu lançamento em 1996 e ela faz parte do álbum Tempestade (último lançado com Renato Russo vivo). Esse disco trás uma carga emotiva muito forte, fato esse marcado pela manifestação da doença de Renato (percebesse através de sua voz, um tanto enfraquecida). E foi através do citado cantor de karaokê, que percebi a letra triste que essa canção tem e que fez me interessar a adquirir o álbum em questão.
P.S. Nessa famigerada noite, me lembrei do trecho de Via Láctea onde dizia: “Quando tudo esta perdido sempre existe uma luz”. Com essa frase na cabeça, voltei a caçada e colecionei mais uns três foras.
(Texto : Sergio Silva)

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