Destaques

domingo, 8 de dezembro de 2013

Krisiun - Centro Cultural da Juventude 24 de Novembro de 2013




Depois de uma apresentação matadora no Rock in Rio junto com os alemães do Destruction, eis que o Krisiun presenteia o publico com uma apresentação gratuita no Centro Cultural da Juventude na zona norte de São Paulo. Se não bastasse ainda teríamos o Nervochaos e os paulistanos do Marrero como bandas convidadas.
O evento estava marcado para as 16:00 e já havia uma enorme fila em frente ao C.C.J para a retirada de ingressos. Vale registras que muitos já permaneciam no local desde muito cedo, mesmo com o frio e a garoa que permaneceu por todo o dia.

Quando o Marrero entrou no palco já havia um bom publico e, apostando em um som bem pesado e cantado em português, agradou aos presentes logo de cara. De qualquer forma, alguns anos de estrada certamente darão mais experiência ao grupo, que tocou``Snow Blind´´ do Sabbath acompanhada pela letra impressa.

Experiência e anos de estrada já não é problema para a banda que entraria na seqüência. O Nervochaos já entrou com os dois pés na cara dos presentes. De cara ``Dark Chaos´´ é a responsável por colocar as coisas no eixo (se é que me entendem), em seguida veio ``To The Death´´ que da nome ao seu ultimo disco. O publico que naquela altura agitava de forma insana recebia cada tema com muita euforia. Para finalizar as indispensáveis ``Pazuzu is Here´´ e ``Pure Hemp´´ que foram o golpe de misericórdia. Muito ovacionados, saíram do palco com o reconhecimento merecido.

Depois de alguns ajustes, um dos principais representantes do Death Metal mundial entra no palco para mais uma aula de extremismo e técnica. Com um repertório recheado de clássicos o Krisiun despejou sobre os presentes uma porrada atrás da outra, dentre elas ``Vicious Wrath´´, ``Conquerours Of Armagedom´´ e ``King Of Killing´´. Se não bastasse os caras foram impiedosos e diante do enorme calor ainda mandaram ``Black Metal´´ do Venom. Vale registrar que os caras não cansam e depois de todos pedirem seu maior clássico ``Black Force Domain´´, Moises Kolesne acalma a galera dizendo que não sairão dali sem tocar essa pérola. E quando já pensávamos que o show havia acabado, os caras voltam para o palco e mandam uma versão porrada de ``No Class´´ do Motorhead. Sem sombra de duvida um domingo para ficar na memória dos que estiveram no Centro Cultural da Juventude.

(Texto: Robério Lima) 

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Maysa - 1969




A primeira vez que vi/ouvi Maysa fiquei estático em frente a TV. Na ocasião era apresentada sua versão para “Ne Me Quite Pas”, musica de Jacques Brel e que seria o tema de abertura da minissérie “Presença de Anita” (exibida pela TV Globo em 2002).
Não pude me conter e corri para comprar o disco que contivesse essa perola, e por sorte, encontrei “Maysa”, gravado em 1969,  que só me fez ficar ainda mais fascinado por seu talento único.
Cantora que encarnava como ninguém criações alheias e incorporava profundamente cada nota, letra e tudo mais que pudesse haver nas canções que ela interpretava. Interpretações fortes e composições imortais fazem disco destoar de muita coisa feita na época. Sua versatilidade era espantosa, basta ouvir “Justin in Time” ou a já citada “ Ne Me Quitte Pas”.  Na capa do disco apenas sua imagem forte e imponente ressaltando seu olhar enigmático e belo que  sempre foi sua marca registrada.

Mais uma obra imperdível de uma das mais cultuadas personagens da Musica Popular Brasileira.

(Texto: Robério Lima)
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sábado, 13 de julho de 2013

Albert Collins – Cold Snap




Dono de um timbre único de guitarra, Albert Collins tornou-se nome obrigatório na discoteca de quem tem apreço pelo blues. Para se ter  ideia de sua importância, Jimi Hendrix o tinha como ídolo. Além de Hendrix, nomes como: Stevie Ray Vaughan, Gary Moore e Robert Cray prestaram reverência a ele. Esse último ganhou o Grammy Award junto com Collins e Johnny Copleand em 1987 com o álbum Showdown. Albert ficou conhecido ao longo de sua carreira como o Mestre das guitarras Telecaster. Em 24 de Novembro de 1993, aos 61 anos, Albert Collins veio a falecer vítima de câncer.
O álbum Cold Snap foi seu nono disco de estúdio e foi lançado em 1986. Elenquei algumas faixas desse disco:
Cash Talkin (The workingman’s blues) – tem uma pegada funk com um groove pulsante, destaque para a técnica de slap do baixista Johnny B. Gayden.
 Bending Like a Willow Tree – Composição de Lowell Fulson, tem uma levada mais calma mas também é bem swingada. Nela Collins extrai notas longas e ardidas de sua Telecaster.
A Good Fool is Hard to Find – é um “bluesão” daqueles bem turbinados. Não tem como ouvi-la sem acompanhar o ritmo com o pé. Destaque para o tecladista Jimmy McGriff que manda ver em um solo efervescente.
Lights Are On But Nobody’s Home – é um blues lento daqueles feitos sobre medida para se dar aquela relaxada. Albert Collins escancara sua caixa de ferramenta e mostra porque é uma lenda da Telecaster. Não fica pedra sobre pedra. Que pegada!
Hooked On You – é outra funkeada, só que mais frenética e mais pesada. Destaque para a introdução matadora.
Too Many Dirty Dishes – Outro blues lento, mas desta vez Collins começa mais calmo com um som mais limpo e sereno, depois volta a trabalhar com o timbre e a pegada que o consagrou.

(Texto: Sergio Silva)
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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Roy Buchanan – Austin City Limits







É com enorme satisfação que venho através desse espaço, dissertar sobre esse que foi talvez um dos maiores gênios incompreendidos pela grande massa. Digo grande massa, porque quem o descobria se encantava de imediato. Assim foi com os Stones que o convidou a fazer parte da banda substituindo o então falecido Brian Jones. Com Eric Clapton, que o convidou a fazer parte da Derek And The Dominoes e por fim com John Lennon que se ofereceu a fazer qualquer participação em seu disco. Diga-se de passagem, todos os convites acima recusados por Buchanan. Empunhando sua Telecaster carinhosamente apelidada por Nancy, Buchanan era quase imbatível. Ele dispunha de enormes recursos técnicos como bends (ato de levantar as cordas da guitarra), pinch harmonic (os famosos gritinhos que a guitarra simula quando se mescla o ataque as cordas com a palheta e o polegar) técnica difundida a exaustão por zakk wylde e Billy Gibbons e o uso do botão de volume que lembrava o som de um pedal de wah-wah, antes mesmo de esse existir.
               Roy Buchanan nos deixou em 14 de Agosto de 1988, morto dentro de uma cela de prisão enforcado com a própria camiseta. Até hoje perdura o mistério sobre sua morte, pois Buchanan não tinha motivos aparentes para cometer suicídio, haja vista que ele foi preso no mesmo dia da sua morte. Nesse dia Buchanan estava embriagado e agressivo com sua esposa.
               O show em questão foi gravado em Austin (EUA) em 15 de Novembro de 1976. Esse dvd contem apenas 5 músicas, mas suficientes para reconhecer a genialidade de Buchanan.
               Roy Buchanan e banda abrem o show com Woman, you must be crazy. Nela Buchanan chega ao ponto de tocar apenas com a mão esquerda (a do braço da guitarra) enquanto se delicia com um generoso copo de cerveja, com direito depois a uma boa bocejada irônica. Roy’s Bluz tem uma levada bem sensual. Roy dá uma aliviada tocando notas mais calmas colaborando com o clima da música, para isso, ele usa o captador do braço que emite um mais aveludado e encorpado. Mas isso dura até a segunda parte, daí para frente o couro come e o velho Buchanan endiabrado volta a dar as cartas, agora com a captador da ponte acionado, que dá a sua Nancy um som estridente e extremamente agudo, regado sempre a um bom delay. Em Sweet Dreams conhecemos o lado melódico de Buchanan, bela música, onde Buchanan faz uso agora do botão de volume simulando um som que lembra o cantar dos pássaros. Roy não deixa a oportunidade passar e homenageia seu ídolo, Jimi Hendrix tocando de forma personalíssima Hey Joe e a introdução bombástica de Fox Lady. Por fim, surge talvez o grande momento do show: The Messiah will come again. Essa música para mim é simplesmente o que há de melhor em um tema instrumental. Ela figura sempre entre as minhas prediletas e sinceramente não vejo perspectivas de mudanças.


(Texto: Sergio Silva)
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domingo, 2 de junho de 2013

Tim Maia - 1978








A carreira de Tim Maia sempre foi pautada por excessos, mas seu enorme talento borbulhava em meio a tantas dificuldades decorrentes de seu jeito excêntrico e centralizador.  Um artista comum, certamente não sairia ileso se ousasse seguir a mesma rotina de Tim.
Depois de um período onde mergulhou de cabeça na Cultura Racional, (período em que lançou duas perolas de sua discografia “Racional Parte 1 e 2”), Tim decide lançar um disco totalmente interpretado em inglês, mas sem o apoio de gravadoras, rádios ou da grande mídia a tarefa se tornaria um capitulo a parte em sua carreira.
Sem dinheiro, o lançamento de “Tim Maia (1978)” seguiu a rotina caótica já tão presente na trajetória do cantor. E mesmo com composições excelentes e interpretações primorosas, (ouçam “With No One Else Around” e tentem discordar), a escassez de recursos levou a empreitada ao fracasso absoluto. Sua gravadora Vitoria Regia, com as finanças no vermelho foi obrigada a fabricar a bolacha em duas etapas; primeiro saiu a capa e depois de algum tempo o disco foi prensado.
Mesmo contado com todo o esforço de Tim, o disco foi uma grande decepção e passou totalmente despercebido pelo publico devido a falta de divulgação. Neste caso, o tempo se encarregou de tornar o álbum objeto de desejo para muitos que procuram redescobrir a obra do ídolo controverso.


(Texto: Robério Lima)


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sábado, 13 de abril de 2013

Philips Monsters Of Rock - 26 de Setembro de 1998









Depois de três edições realizadas com muito sucesso, o PHILIPS MONTERS OF ROCK já estava se consolidando como um dos principais eventos da cidade, mas, ao contrario do que todos esperavam o evento não foi realizado em 1997. Em seu lugar, tivemos o SKOL ROCK que contou com atrações do quilate de SCORPIONS, BRUCE DICKINSON e DIO.  Mesmo com nomes de peso, o festival não tinha a mesma magia do PMOR e logo nos primeiros dias do ano de 1998 pipocaram noticias sobre a volta do festival. 
O local escolhido para sediar o evento foi o Estádio do Ibirapuera, que no ano anterior já havia sido palco para o SKOL ROCK. Sem muita polemica, o cast do festival foi um dos melhores dentre todas as edições. Pra começar, duas lendas do metal nacional, KORZUS e DORSAL ATLANTICA foram escaladas merecidamente para essa grande festa. Do lado internacional tivemos SAXON, SAVATAGE, MANOWAR, DREAM THEATER, MEGADETH (que já havia tocado na segunda edição), SLAYER (tocou na primeira edição) e que desta vez seria responsável por fechar a noite. A atração que mais destoou do cast foi GLEN HUGHES, mas isso não foi problema, pois estamos falando de uma lenda do Classic Rock.
Nem o calor insuportável que fazia naquele histórico sábado, foi suficiente para espantar os fanáticos por musica pesada e muita gente chegou cedo para prestigiar as bandas nacionais.
A primeira atração foi a DORSAL ATLANTICA que naquele momento divulgava o disco “Straight”. Carlos “Vândalo” Lopes e sua trupe deram mais uma aula de energia. A segunda atração não deixou a “peteca” cair, o KORZUS não deixou pedra sobre pedra e, com um set recheado de clássicos já deixou alguns pescoços doloridos. 
A primeira atração internacional a se apresentar foi GLEN HUGHES, que como foi dito no começo deste texto, tem os dois pês no Classic Rock e muita influencia do soul, para os mais ortodoxos, não agradou, mas o cara e uma lenda viva e certamente influenciou boa parte das bandas que iriam tocar naquele dia, para os apreciadores de boa musica, agradou em cheio. O SAVATAGE havia tocado a pouco tempo no Brasil, mas possui um publico fiel que cantou cada refrão como se não houvesse amanha. O SAXON veio na sequencia e manteve o publico na mão. Ver um dos principais nomes do NWOBHM (New Wave British Of Heavy Metal) fez muito marmanjo lacrimejar.  
O DREAM TEATHER  fez uma apresentação que certamente agradou aos fãs apaixonados por sua técnica e perfeição, mas, em minha opinião, não empolgou. Já a atração que veio na sequencia, empolgou e muito. O MANOWAR se utilizou de performance e discursos sobre a sua já conhecida paixão pelo Heavy Metal. Excelente show com tudo que os fanáticos seguidores esperavam.
O MEGADETH já tocou no Brasil diversas vezes e mesmo não passando por um bom momento devido ao lançamento do criticado “Cryptic Writings”, manteve uma das melhores performances ao vivo, e mais uma vez saiu do palco aclamado. 
O SLAYER estava promovendo “Diabulos in Musica”, mas os headbangers queriam ouvir os clássicos. E tome porrada uma atrás da outra. Confesso que tive certo medo, pois era a primeira vez que via ao vivo a lenda do metal extremo, mas ao mesmo tempo estava muito feliz por ver “A Raiz de Todo o Mal” conforme definição de Abbath, líder do IMMORTAL. 
Mais um momento histórico para os que tiveram a oportunidade de comparecer ao estádio Icaro de Castro Melo, já que hoje estamos rodeados de festivais oportunistas com atrações medianas e preços abusivos de ingressos. Mesmo sendo anunciada a volta do festival para esse ano, tenho certeza que não sera como antes.

(Texto: Roberio Lima)

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sábado, 6 de abril de 2013

Albert King – Chicago 1978



Albert King – Chicago 1978 é um dos discos gravados ao vivo por Albert King e um dos meus discos de cabeceira de cama. Vou elencar as músicas que fundamentam essa minha preferência:   
King’s Bounce é a única instrumental do disco. Contem um ritmo dançante. A guitarra de Albert entra timidamente e depois descamba num solo dançante. Os naipes de metal é o ingrediente a mais que dá aquele toque magistral neste caldeirão sonoro. Stormy Monday Blues é o clássico que todo bluesman que se prese não deixa de forma alguma de tocá-la. Coube a Albert a tarefa de interpretá-la com a dor que emerge das entranhas. Born Under A Bad Sign, ouça essa música e entenderá porque nomes como Eric Clapton, Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaughan  tinham Albert King como seu ídolo. You’re My Woman, I´m Your Mate é um daqueles funks pra James Brown nenhum botar defeito. Nela Mr. Albert deita e rola com sua guitarra Fly V num solo vigoroso e cortante. Tired As A Man Can Be é um blues contagiante onde Albert King canta absurdamente alto enquanto esfola sua Fly V com bends assombrosos. Esse é sem dúvida um grande momento do show. Blues At Sunrise, composição de King que se tornou um clássico do blues. A tônica dessa música é a dinâmica, pois alterna entre momentos suaves e nervosos. Please Come Back To Me é a súplica que vai de um pedido choroso ao desespero. No meio da performance entra um voz inusitada clamando em  catarse  que Albert é o rei, o Bluesman. I’ll Play The Blues For You é uma baladona romântica que encerra esse belo disco.     
Infelizmente, Albert King nos deixou vítima de um ataque cardíaco em 1992. Ele que foi considerado o 13º melhor guitarrista do mundo, eleito pela revista Rolling Stone.

(Texto: Sergio Silva)
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

The Dark Side of the Moon- 40 Anos de Sucesso.




Há 40 anos a indústria fonográfica presenciou um dos mais espetaculares voos musicais do século XX, alguns anos após o homem presenciar a baixa gravidade lunar uma banda de rock inglesa atingia a perfeição artística com o lançamento de um álbum revolucionário em todos os sentidos: Dark Side of the Moon, do Pink Floyd.
Mais do que um simples álbum, Dark Side of the Moon é um trabalho revolucionário pelo fato de unir técnicas inovadoras, como o tic-tac de um relógio em “Time” e o som de uma caixa registradora em “Money”, a letras que revelam toda a genialidade do principal compositor da banda, o baixista Roger Waters. As composições de Waters abordam temas como morte, loucura, solidão, a passagem do tempo, ganância, tudo isso com um alto grau de reflexão filosófica e politica até então incomum no mundo da música.
Gravado nos estúdios Abbey Road, em Londres, entre maio de 1972 e Janeiro de 1973 e desenvolvido através de uma série de ensaios e performances ao vivo nos meses seguintes, The Dark Side of the Moon representa o auge da capacidade artísticas do Pink Floyd, um álbum conceitual que, apesar de refletir muito do seu momento histórico, ainda é capaz de provocar espanto na era digital, não somente pelas inovações técnicas como pelo seu conteúdo temático, Não é por acaso que o álbum mantém até hoje o recorde do disco por mais tempo na lista das 200 mais da revista Billboard, cerca de 800 semanas, desde seu lançamento até 1988.
Ouvir este álbum é uma experiência única para os verdadeiros apreciadores da boa música, pois não se trata de um lugar comum, mas de um mergulho sonoro sensível e reflexivo no qual cada faixa nos leva a um recanto obscuro de nosso mundo interior, as letras de Waters e companhia nos proporciona um incomodo prazeroso e consequentemente nos faz evoluir artisticamente como Ser humano. Deixando de lado os diversos mitos criados em torno do álbum, que em nada alteram a sua importância, The Dark Side of the Moon nos surpreende em todos os sentidos, desde a concepção de sua capa, com o prisma e o arco-íris, às inovações técnicas de gravação; algo revolucionário para sua época.
Enfim, tudo que se disser sobre esta obra não será capaz de transmitir a experiência única de sua audição completa faixa a faixa. Canções como “Us and them”, “Brain damage”, “Breathe” isso sem citar os clássicos “Money” e “Time”, únicas faixas a se tornarem hits, simplesmente nos faz rever os nossos conceitos sobre o que é arte e o que é simplesmente entretenimento, principalmente dentro de um estilo tão vasto como o rock´n´roll. O Pink Floyd inovou o estilo sendo uma das bandas responsáveis pela criação do chamado rock progressivo, vertente que é genuinamente representada neste álbum que completa 40 anos e que se mantém cada vez mais atual. Como canta David Gilmour em “Time”: “o tempo se foi, a canção terminou, pensei que tivesse algo mais a dizer” e tenho, mas palavras não são capazes de traduzir aquilo que é subjetivo e, portanto, deve ser apreciado individualmente, então deite no sofá, abra uma cerveja e descubra tudo que está do lado escuro da lua antes que a rotação se complete e a luz da alienação, tão em evidência atualmente, ofusque a sua visão e danifique a sua mente. Parabéns The Dark Side of the Moon.

(Texto: Nilton Aquino)
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sábado, 16 de março de 2013

Neutron Hammer - Iron Storm Evocation









O que te passa na cabeça quando lhe apresentam uma banda finlandesa? Logo pensa, há deve ser algo na pegado do Nightwish ou do Fintroll, pois se você pensou isso você não passou nem perto, pois a banda, que aqui se apresenta foi beber em fontes muito diferentes da cena de seu pais, calcados em um som rápido que se assemelha ao death/black e com muitas pegadas  de thrash metal o .Nêutron Hammer nós trás um trabalho primoroso e que estima pelo peso e pela “sujeira” no bom sentido  o fato é que nas 10 faixas do trabalho dos caras podemos perceber que aqui esta uma banda já experiente e muito consciente naquilo que faz não se prendendo a um rótulos e praticando um som extremo sem frescuras ou firulas, percebemos a maturidade que a banda possui em seus arranjos bem trabalhados, riffs furiosos e blast beats invocados, sem falar na pegada old school que o álbum nos remete.
O álbum possui ao todo 10 faixas que vão fazer a cabeça de quem curte bandas como Desaster, Destroyer 666, Hellhammer, Sarcófago, Venom entre outras bandas desta linha, destaque para as musicas “Apocalyptic Rites” veloz e carregada com riffs ríspidos e  que acompanham as levadas da  batera de forma apoteótica, a banda toda parece esta ligada no 220vs pois não diminui a velocidade em nem um segundo desta musica onde há variações interessantes nas linhas de vocal deixando-a muito mais forte e contagiante,”War fuking War” tem no inicio uma pegada meio rock and roll meio heavy Alá  mothörhead, e logo depois se torna black/thrash viciante sua levada faz com que você se prenda a ela,   mesmo não sendo uma musica rápida seus riffs , paradinhas e variações de tempo deixaram qualquer um empolgado,”Devastation Ritual”  é  aquele tipo de musica que te cativa desde o inicio, começa com a bateria solando a sonoridade soa bem seca  e crua para logo em seguida entrar toda a banda com uma pegada furiosa onde os riffs e as linhas de vocal,batera e baixo se fundem nos proporcionando um musica muito forte onde qualquer um com juízo certo iria querer bengear do começo ao fim, sua levado se inverte um pouco lá pela metade surgem solos e riffs mais trabalhados para logo depois voltar a mesma pegada destrutiva do inicio sem duvidas este é o ponto alto do trabalho destes bangers da terras longínquas da Finlândia para você que curte de heavy, thrash, death ou Black ouça você não irá se arrepender e para você que curte outros estilos ouçam também por que já é hora de expandir seus horizontes musicais é isso ai galera recomendadíssimo.


(Texto: Danylo Paulo)
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cassiano - Apresentamos Nosso Cassiano





Antes de falarmos qualquer coisa a respeito deste disco, devemos fazer menção mais que merecida a Charles Gavin – Ex-baterista dos Titãs, pois foi a partir de um trabalho minucioso de pesquisa que o musico desenterrou mais esta perola escondida da musica brasileira. Priorizando sempre a qualidade, nos introduz ao mundo fantástico de Cassiano.
Este álbum traz um Cassiano despojado e cheio de malicia, mas sem nunca perder seu poder de emocionar. Ouçam “Slogan” que tem uma pegada cheia de groove, ou tentem resistir a “Melissa” um daquelas canções que nos transporta direto para saudosos bailes de outrora. Cassiano abusa de arranjos e orquestrações de muito bom gosto que vão de encontro ao blues e o soul, ingredientes fundamentais em sua musica, mistura para contorcer ate a alma mais indiferente. “Apresentamos Nosso Cassiano” foi lançado pela Odeon e é clássico essencial na discografia deste paraibano. 
Depois de ouvir este disco exaustivamente chego a conclusão que antes de qualquer rotulo, o mais importante e a musica ser boa e essa qualidade este artista paraibano nos proporciona de sobra. Suas canções continuam emocionando aos que tem sentimento, e acima de tudo, bom gosto.


(Texto: Robério Lima)
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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Tankard, War Head, Blasthrash e Executer - Hangar 110 24/01/13





A expectativa era grande, e os fãs não decepcionaram. Como já era previsto o HANGAR 110 ficou lotado para receber uma das mais ilustres bandas de Thrash Metal Alemã. Obviamente estamos falando do TANKARD, que desta vez teve como bandas de abertura o EXECUTER (que substituiu o BYWAR, devido a problemas na formação), o BLASTHRASH e os croatas do WAR HEAD.
E importante deixar registrado que já havia um numero considerável de pessoas no HANGAR antes mesmo do EXECUTER iniciar sua apresentação, e que apresentação! O publico respondeu a altura a energia transmitida pela banda e reverenciou clássicos como “Rotten Autorities” e a fiel versão para “Power,Thrashing, Death (WHIPLASH) que saiu como bônus no clássico “Welcome To Your Hell”. Os caras não conseguiam esconder a satisfação, e no final, Juca (vocal), literalmente “foi pra galera”. Vida longa ao EXECUTER!!
O BLASTHRASH possui uma energia sobrenatural, e o prazer em tocar esta visível no rosto de cada integrante, parece que os caras tomam adrenalina na veia antes de cada apresentação. Logo na primeira musica houve um problema em uma das guitarras, mas não demorou muito para Hugo tomar seu lugar no palco. Posso dizer que essa foi a melhor apresentação dos caras (na humilde opinião deste que vos escreve), pois o “mosh Pit” e “Stage Dive”  comeram solto durante toda a performance da banda. A influencia dos alemães fica evidente em “Possessed By Beer”, petardo obrigatório!! Vale lembrar que os caras já não lançam nada a um certo tempo e prometem para  breve um Split com o FASTKILL (Japão).
Os croatas do WAR HEAR entraram no palco depois de uma rápida introdução. Com um som pesadíssimo e composições mais longas e cheias de variações, não chegaram a desagradar, mas deu uma esfriada na galera, estava claro que todos ali queriam thrash  metal genuíno e sem firulas.
Não demorou muito e a tão aguardada atração principal deu o ar da graça e, não deixou pedra sobre pedra. De cara veio “Zoombie Attack” e a partir dai foi uma enxurrada de clássicos e o HANGAR 110 virou um caldeirão, pois o calor ficou insuportável (apesar do bom sistema de ventilação da casa). Gerre e muito carismático e o tempo todo interagia com os que subiam ao palco para o inevitável “Stage Dive”, que naquela altura do campeonato já estava beirando as vias da insanidade, pois não contentes com os já tradicionais mergulhos, alguns estavam subindo pela coluna lateral e pulando pela pilastra de ferro instalada no teto. Por outro lado e ate “justificável” toda essa maluquice, pois os caras foram impiedosos, mandando na sequencia “The Beauty And The Beast”, “Slipping From Reality” e “Stay Thrist”. Precisa falar mais? Ainda tocaram a “Girl Called Cerveza” que da nome ao novo CD e que foi muito bem recebida pelo publico.
No final, Gerre se joga nos braços do publico e encerra o que já podemos colocar entre os melhores shows do ano, e vejam que ele só esta começando. Memorável!
PS: Fomos pegos de surpresa com a nota publicada por Edu Lane – criador da TUMBA PROD em uma rede social informando que enceraria as atividades da empresa que foi importantíssima por promover eventos de qualidade inquestionável. Infelizmente ficaremos a mercê de oportunistas que insistem em se alto intitular “promotores” cobrando preços abusivos por setores e eventos que não correspondem as nossas expectativas.
Só temos a agradecer a esse cara que prestou ótimos serviços aos amantes da musica pesada. Boa sorte Edu!

(Texto: Roberio Lima)
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sábado, 19 de janeiro de 2013

Bestial Vomit, D.E.R. e Submitt - Formigueiro Rock Bar 05-01-13





O ano nem começou direito e o FORMIGUEIRO ROCK BAR já contemplou seus frequentadores com três atrações mais que especiais, me refiro as bandas SUBMITT, D.E.R e os Italianos do BESTIAL VOMIT.
Por volta das 21:00h o SUBMITT sobe ao palco, e com um som bem cru despeja para o publico um metal/punk bem interessante, o trio agradou bastante aos presentes.
Em seguida depois de alguns ajustes nos instrumentos sobre ao palco o D.E.R e esse e um capitulo a parte, pois os caras estão em uma ótima fase e o som nos remete aos principais expoentes mundiais do Grind, não e por acaso que  eles estão de malas prontas para tocar no festival OBSCENE EXTREME FEST no México ao lado de RATOS DE PORAO e TEST.  Voltando a performance da banda, posso dizer que fiquei impressionado, pois apesar de ter vistos os caras tocando no KOOL METAL FEST, não e a mesma coisa ver a desgraceira tão de perto, o time esta entrosadíssimo destaque para os ataques furiosos do batera Barata (TEST) que com somente um prato espancou impiedosamente o instrumento. O resultado não poderia ser outro, os presentes se debatendo como se não houvesse amanha. Apresentação impecável!
A Itália já foi um celeiro de ótimas bandas em vários estilos e confesso que não conhecia o BESTIAL VOMIT. Já gravaram um Split com o AGATHOCLES e estão na estrada a certo tempo. Os italianos tem um som muito agressivo como tem que ser, mas, o que impressionou foi a simplicidade dos caras que foram os primeiros a chegar na casa e sempre bastante comunicativos com os que estavam no local, outro destaque foi para o providencial discurso do vocalista sobre quebrar fronteiras, e para provar isso, vomitou cada uma de suas “canções” no meio da confusão generalizada.
Enfim, ótimo evento, excelentes bandas e um clima de total harmonia entre todos que foram ao FORMIGUEIRO, vamos torcer para eventos como esse virarem uma constante na Z/L.


Texto: Roberio Lima
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