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sábado, 13 de abril de 2013

Philips Monsters Of Rock - 26 de Setembro de 1998









Depois de três edições realizadas com muito sucesso, o PHILIPS MONTERS OF ROCK já estava se consolidando como um dos principais eventos da cidade, mas, ao contrario do que todos esperavam o evento não foi realizado em 1997. Em seu lugar, tivemos o SKOL ROCK que contou com atrações do quilate de SCORPIONS, BRUCE DICKINSON e DIO.  Mesmo com nomes de peso, o festival não tinha a mesma magia do PMOR e logo nos primeiros dias do ano de 1998 pipocaram noticias sobre a volta do festival. 
O local escolhido para sediar o evento foi o Estádio do Ibirapuera, que no ano anterior já havia sido palco para o SKOL ROCK. Sem muita polemica, o cast do festival foi um dos melhores dentre todas as edições. Pra começar, duas lendas do metal nacional, KORZUS e DORSAL ATLANTICA foram escaladas merecidamente para essa grande festa. Do lado internacional tivemos SAXON, SAVATAGE, MANOWAR, DREAM THEATER, MEGADETH (que já havia tocado na segunda edição), SLAYER (tocou na primeira edição) e que desta vez seria responsável por fechar a noite. A atração que mais destoou do cast foi GLEN HUGHES, mas isso não foi problema, pois estamos falando de uma lenda do Classic Rock.
Nem o calor insuportável que fazia naquele histórico sábado, foi suficiente para espantar os fanáticos por musica pesada e muita gente chegou cedo para prestigiar as bandas nacionais.
A primeira atração foi a DORSAL ATLANTICA que naquele momento divulgava o disco “Straight”. Carlos “Vândalo” Lopes e sua trupe deram mais uma aula de energia. A segunda atração não deixou a “peteca” cair, o KORZUS não deixou pedra sobre pedra e, com um set recheado de clássicos já deixou alguns pescoços doloridos. 
A primeira atração internacional a se apresentar foi GLEN HUGHES, que como foi dito no começo deste texto, tem os dois pês no Classic Rock e muita influencia do soul, para os mais ortodoxos, não agradou, mas o cara e uma lenda viva e certamente influenciou boa parte das bandas que iriam tocar naquele dia, para os apreciadores de boa musica, agradou em cheio. O SAVATAGE havia tocado a pouco tempo no Brasil, mas possui um publico fiel que cantou cada refrão como se não houvesse amanha. O SAXON veio na sequencia e manteve o publico na mão. Ver um dos principais nomes do NWOBHM (New Wave British Of Heavy Metal) fez muito marmanjo lacrimejar.  
O DREAM TEATHER  fez uma apresentação que certamente agradou aos fãs apaixonados por sua técnica e perfeição, mas, em minha opinião, não empolgou. Já a atração que veio na sequencia, empolgou e muito. O MANOWAR se utilizou de performance e discursos sobre a sua já conhecida paixão pelo Heavy Metal. Excelente show com tudo que os fanáticos seguidores esperavam.
O MEGADETH já tocou no Brasil diversas vezes e mesmo não passando por um bom momento devido ao lançamento do criticado “Cryptic Writings”, manteve uma das melhores performances ao vivo, e mais uma vez saiu do palco aclamado. 
O SLAYER estava promovendo “Diabulos in Musica”, mas os headbangers queriam ouvir os clássicos. E tome porrada uma atrás da outra. Confesso que tive certo medo, pois era a primeira vez que via ao vivo a lenda do metal extremo, mas ao mesmo tempo estava muito feliz por ver “A Raiz de Todo o Mal” conforme definição de Abbath, líder do IMMORTAL. 
Mais um momento histórico para os que tiveram a oportunidade de comparecer ao estádio Icaro de Castro Melo, já que hoje estamos rodeados de festivais oportunistas com atrações medianas e preços abusivos de ingressos. Mesmo sendo anunciada a volta do festival para esse ano, tenho certeza que não sera como antes.

(Texto: Roberio Lima)

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