O Brasil, já faz muito tempo, virou rota obrigatória para bandas
importantes dos quatro cantos do mundo e, a cada ano que passa mais bandas
clássicas nos contemplam com apresentações históricas.
Desta vez foi o ASSASSIN que resolveu acabar
com uma longa espera e, na bagagem trouxe um arsenal bélico invejável para
deleite dos afoitos headbangers brasileiros. Temos que creditar este feito a
OPEN THE ROAD, que na ocasião, comemorava seis anos de vida e que já promoveu
turnês de bandas do porte de ONSLAUGHT e BLAZE BALEY. Se já não bastasse a atração principal, ainda
teríamos ANTHARES, BLASTHRASH e VULCANO. Definitivamente o dia 19 de agosto
ficará na memoria dos que tiveram o privilegio de comparecer ao MANIFESTO BAR.
Perto das 20 horas o ANTHARES subiu ao palco para despejar fúria em uma
ótima apresentação que teve como base o clássico disco “No Limite da Força” e
em novas musicas, que os caras estão prometendo para um segundo disco. Ver o
ANTHARES na ativa é motivo de orgulho nacional.
Em seguida o BLASTHRASH subiu ao palco e, com uma formação que conta com
Dario Viola (vocal), Diego Nogueira (Baixo), que teve jornada dupla, pois
também leva os vocais no ANTHARES, Henrique Perestrelo (Guitarra), Rafael Sampaio
(bateria) e o estreante Hugo (SIDE EFFECTS e INFECTED) na guitarra. O Thrash
metal comeu solto e foi um petardo atrás do outro. Destaques para ``Possessed
By Beer´´ e ``Freedom Lies Dead´´.
O que veríamos a seguir, esta entre os maiores representantes do metal
nacional, e ao lado de SEPULTURA e SARCOFAGO tem enorme reconhecimento fora do
Brasil e mesmo não contando com o guitarrista e fundador Zhema, que não pode
comparecer a esta apresentação, fizeram a pista do MANIFESTO pegar fogo e,
certamente muitos pescoços ficaram bastante doloridos depois desse massacre. Ao
ouvir ``Witche’s Sabbath”, “Total Destruição” e “Guerreiros de Satã” me senti
como porco na lama . VULCANO RULES!!
Depois de um intervalo, o palco já estava pronto para a atração
principal e o publico que naquele momento já estava extasiado, transformou a
pista do MANIFESTO em um verdadeiro pandemônio, pois Robert Gonnella e sua
trupe, que ainda contava com a presença, mais que ilustre de Michael Hoffmann
(Ex-SODOM), que interagia a todo momentocom a plateia, inclusive falando um português
bastante compreensível. E dá-lhe pedradas na orelha, transformadas
impiedosamente em massa sonora. As clássicas,``Assassin´´, ``Bullets´´ e até um
trecho de ``Mosca Na Sopa´´ (RAUL SEIXAS), foi parcialmente executada e esta no
disco ``The Club´´. Indescritível a felicidade de presenciar mais uma lenda do
Thrash Metal Germânico em nossa ``terrinha´´.
No fim das contas, o único fato negativo que precisa ficar registrado,
foi o enorme atraso para a abertura da casa, o que ocasionou brusca alteração
no set-list de todas as bandas e ainda prejudicou muitos fãs que vieram das
mais distantes regiões de São Paulo (inclusive este que vos escreve), e tiveram
dificuldade para pegar ônibus de volta e encarar a tediosa segunda-feira.
(Texto: Robério Lima)
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