A cena underground na Zona Leste de São Paulo
nunca esteve tão ativa e graças à iniciativa de verdadeiros amantes da boa
musica estão surgindo diversos festivais que são importantíssimos no intuito de
promover bandas dos mais variados estilos. Entre esses festivais estão Maquina
Profana Fest e Carnificina Fest que
mobilizam bandas dos quatro cantos do estado de São Paulo. A sexta edição do
Carnificina Fest nos proporcionou uma experiência singular por trazer um dos
principais ícones do cenário paulista, os maníacos do BANDANOS. O festival estava previsto para começar as
dezoito horas, e nesse horário já haviam
alguns headbangers em frente ao Bar Empório do Rock, que tem estrutura modesta,
mas com dimensões ideais para sediar a “Carnificina”. Como já e de costume em
festivais deste porte o destaque fica para as bandas que apoiam e participam
ativamente de eventos como este. Foi o que podemos constatar com a presença de
integrantes do CERBERUS ATTACK, P.D.N e ATOMIC DOGS.
A primeira banda a entrar no palco foram os
caras dos IDEOCRIME com seu Hardcore/ Punk veloz e pegada doentia agitou a
galera que naquele momento já estava insana.
O MANICOMIO (que substituiu o HOMELEES no festival) entrou em seguida e
com um dos organizadores do festival no vocal (Sabote Zikamemo) deu mostras da
insanidade presente em seu som e agradou muito ao publico que aquela altura já
estava derretendo com o calor. As duas bandas que antecederam a apresentação
histórica do BANDANOS foram o TERROR AGRESSAO e SOCIAL TERROR, que vieram
diretamente de Itapetininga. Destaque
para o cover de “Periferia” do RATOS DE PORAO
executada pelo TERROR AGRESSAO.
Antes de falar sobre a apresentação dos
BANDANOS, deixarei registrado o ponto negativo da noite. O publico estava
interagindo em total harmonia e podíamos perceber entre os presentes a mistura
de estilos, ate que um (..), não consigo encontrar uma definição, começou a
fazer apologia ao Nazismo, e certamente
este (...) não saiba que este tipo de
atitude e crime sem direito a fiança e graças aos caras do BANDANOS que ficaram
indignados com a situação o (...) foi expulso do recinto e assim as coisas
ficaram mais tranquilas.
Bom, tranquilidade não seria o termo mais
apropriado para definir o que veio a seguir, pois era hora do massacre e
ninguém melhor que Cris Platterhead (voz), Marcelo Papa (guitarra), Helder
Lange Tiso (bateria) e Xlaurox A. Kushiyama (baixo) para dar uma aula de
simplicidade e energia, pois os caras chegaram cedo e assistiram todas as
bandas e mesmo já tendo em seu currículo shows com o EXTREME NOISE TERROR,
RATOS DE PORAO, KRISIUN e DR. LIVING DEAD os caras não demonstram nenhum
estrelismo. Depois de um rápido discurso
(necessário por sinal) sobre o episodio mencionado no paragrafo anterior, o
bicho pegou e clássicos como “Azul, Vermelho e Branco” , “Stay Cyco”, “Only For
Good Thrashers” foram a senha para a “sessão do descarrego”. Crowding Surfing e
rodas doentias se formaram do inicio ao final da apresentação.
Para finalizar, parabéns aos caras do
CARNIFICYCO PRODUCOES e aos demais envolvidos por proporcionar esse histórico
manifesto da cultura underground. Que venha mais carnificina!
(Texto: Roberio Lima)
Ae Roberio valeu mesmo pela resenha! Porra, é muito gratificante fazer parte da organização desse Fest onde o que prezamos é humildade, curtição e união! A prova que isso vem dando certo foi como conseguimos faze o show rolar fudidamente louco mesmo depois da cena com o nazi! E mano, só para constar, os outros manos do Manicômio também fazem parte da organização assim como vários outros malucos (Bulldogue do Post Atomic Dogs, Digão do PDN, Brunão do Cyco Pit...), e assim como várias outras pessoas que indiretamente fazem parte do coletivo só pelo fato de participarem do rolê, você faz parte por estar fazendo essa resenha também, estamos todos juntos! (Risos) Abração mano, até a próxima Carnificina! - Sabote
ResponderExcluirParabéns, ficou bem legal a resenha!
ResponderExcluirVC NAO TEM IGUAL ROBERIO........
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