Como já havia acontecido no ano anterior, as especulações
começaram a borbulhar a respeito das bandas que seriam escaladas para o PMOR de
1996. E mais uma vez, os fãs foram presenteados com grandes atrações.
Era só uma questão de tempo para que o IRON
MAIDEN fosse confirmado como atração principal deste festival, e o fato de
estarem lançando novo disco e a estreia do novo vocalista davam mais motivos
para os fãs conferirem ao vivo o substituto de Bruce Dickinson. Além da “Donzela”,
foram confirmadas as seguintes bandas: SKID ROW, MOTORHEAD, BIOHAZARD,
HELLOWEEN, KING DIAMOND, MERCYFUL FATE, RAIMUNDOS e HEROES DEL SILENCIO.
Os espanhóis do HEROES DEL SILENCIO foram os primeiros
a subirem ao palco e, encontraram o estádio do PACAEMBU bastante vazio. Na ocasião,
estavam divulgando o quinto álbum, “Avalancha” pela EMI. Mesmo assim, não tiveram
muito êxito por aqui.
As próximas atrações foram muito festejadas e, vê-los
ao vivo (no mesmo festival), não passava de um sonho para os “Metalheads” Brasileiros.
O MERCYFUL FATE fez com que a pista do estádio Paulo Machado de Carvalho
lotasse rapidamente, e a emoção era imensa. Estavam divulgando o ótimo “Into
The Unknown”. O que dizer de clássicos como “Come To The Sabbath”? Rapidamente
o mestre King Diamond correu para o camarim para recompor a maquiagem (tarefa difícil,
pois o calor estava infernal!). Em menos de meia hora KING DIAMOND já estava no
palco despejando clássicos de sua carreira e novas musicas do “The Graveyard”.
Outra banda que se apresentava pela primeira
vez no Brasil subiu ao palco para emocionar aos fãs que os aguardavam desde a época
dos “Keepers”, e mesmo não contando mais com o carismático Michael Kiske, Andi
Deris (Ex-PINK CREAM 69), deu conta do recado e empolgou a plateia com perolas
do quilate de “Dr. Stein” e “Future World”.
Uma das situações mais inusitadas desta edição foi
a escalação do RAIMUNDOS, que apesar de ter incendiado a plateia foi, no mínimo,
beneficiado por tocar depois de grandes lendas do metal mundial.
O BIOHAZARD trouxe folego extra aos que já estavam
exaustos com as apresentações anteriores e divulgando disco “MATA LEAO”
realizaram uma apresentação impecável.
Lemmy Kilmister, Mikkei Dee e Phil Campbell
foram responsáveis por uma destruição sonora poucas vezes vista ate então.
Tenho que ressaltar o desempenho de Mikkei Dee que, simplesmente massacrou a
bateria e arrancou elogios ate de Nicko McBrain (IRON MAIDEN), que assistia o desempenho
na lateral do palco.
O momento mais triste do evento ficou por conta
do episodio que envolveu um dos baluartes do Hard Rock. O SKID ROW tinha tudo
para ser uma das bandas mais festejadas do festival, mas por conta de uma
radicalidade inexplicável por parte do publico, foram praticamente expulsos do
palco devido ao grande numero de objetos atirados no palco. Infelizmente, pouco
tempo depois, essa situação lastimável culminou com a saída de Sebastian Bach,
que não aguentou a pressão dos demais integrantes.
A grande atração da noite entraria no palco
para mostrar ao publico brasileiro, que mesmo sem Bruce Dickinson, dariam
muitos motivos para seus seguidores se tornarem ainda mais fanáticos pela banda.
Mesmo sem o mesmo carisma de seu antecessor, Blaze Baley conduziu os clássicos do
MAIDEN com energia suficiente para empolgar os mais de trinta mil fãs. O disco “X-
Factor” dividiu opiniões e como todos já sabem a historia de Blaze com a banda não
durou muito, mas, no final, o saldo foi positivo.
Em breve falaremos sobre a quarta e ultima edição
do PMOR realizada em 1998.
(Texto: Roberio Lima)
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