Destaques

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Caetano Veloso - Transa





Motivos não me faltam para falar de um dos discos mais cultuados de CAETANO VELOSO, pois foi através deste álbum que pude mergulhar de cabeça na obra do baiano. Falo do disco “Transa”, que acaba de completar quarenta anos e merecidamente, foi relançado em CD e Vinil, e ainda traz o projeto gráfico original “Discobjeto”  de Álvaro  Guimaraes. O disco foi gravado em Londres, e, curiosamente, jamais foi lançado por lá. Praticamente, todo em inglês, exceções para “Triste Bahia” e “Mora na Filosofia”, o álbum sai do eixo da MPB e cai em uma esfera fora do convencional, pois Caetano costurou com maestria ritmos brasileiros e internacionais para moldar belíssimas musicas desta “bolacha”. Os arranjos e a guitarra ficaram por conta de Jards Macale, e ainda contou com as participações especiais de Angela Ro Ro, tocando flauta e Gal Costa fazendo alguns vocais.
Sem duvida nenhuma estamos diante de uma obra acima da media e que ainda tem muita força entre as novas gerações. Não deixem de conhecer esta perola da musica universal, certamente não sairão ilesos deste golpe de arte.

(Texto: Roberio Lima)
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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Philips Monsters Of Rock - 24 de Agosto de 1996





Como já havia acontecido no ano anterior, as especulações começaram a borbulhar a respeito das bandas que seriam escaladas para o PMOR de 1996. E mais uma vez, os fãs foram presenteados com grandes atrações.
Era só uma questão de tempo para que o IRON MAIDEN fosse confirmado como atração principal deste festival, e o fato de estarem lançando novo disco e a estreia do novo vocalista davam mais motivos para os fãs conferirem ao vivo o substituto de Bruce Dickinson. Além da “Donzela”, foram confirmadas as seguintes bandas: SKID ROW, MOTORHEAD, BIOHAZARD, HELLOWEEN, KING DIAMOND, MERCYFUL FATE, RAIMUNDOS e HEROES DEL SILENCIO.
Os espanhóis do HEROES DEL SILENCIO foram os primeiros a subirem ao palco e, encontraram o estádio do PACAEMBU bastante vazio. Na ocasião, estavam divulgando o quinto álbum, “Avalancha” pela EMI. Mesmo assim, não tiveram muito êxito por aqui.
As próximas atrações foram muito festejadas e, vê-los ao vivo (no mesmo festival), não passava de um sonho para os “Metalheads” Brasileiros. O MERCYFUL FATE fez com que a pista do estádio Paulo Machado de Carvalho lotasse rapidamente, e a emoção era imensa. Estavam divulgando o ótimo “Into The Unknown”. O que dizer de clássicos como “Come To The Sabbath”? Rapidamente o mestre King Diamond correu para o camarim para recompor a maquiagem (tarefa difícil, pois o calor estava infernal!). Em menos de meia hora KING DIAMOND já estava no palco despejando clássicos de sua carreira e novas musicas do “The Graveyard”.
Outra banda que se apresentava pela primeira vez no Brasil subiu ao palco para emocionar aos fãs que os aguardavam desde a época dos “Keepers”, e mesmo não contando mais com o carismático Michael Kiske, Andi Deris (Ex-PINK CREAM 69), deu conta do recado e empolgou a plateia com perolas do quilate de “Dr. Stein” e “Future World”.
Uma das situações mais inusitadas desta edição foi a escalação do RAIMUNDOS, que apesar de ter incendiado a plateia foi, no mínimo, beneficiado por tocar depois de grandes lendas do metal mundial.
O BIOHAZARD trouxe folego extra aos que já estavam exaustos com as apresentações anteriores e divulgando disco “MATA LEAO” realizaram uma apresentação impecável.
Lemmy Kilmister, Mikkei Dee e Phil Campbell foram responsáveis por uma destruição sonora poucas vezes vista ate então. Tenho que ressaltar o desempenho de Mikkei Dee que, simplesmente massacrou a bateria e arrancou elogios ate de Nicko McBrain (IRON MAIDEN), que assistia o desempenho na lateral do palco.
O momento mais triste do evento ficou por conta do episodio que envolveu um dos baluartes do Hard Rock. O SKID ROW tinha tudo para ser uma das bandas mais festejadas do festival, mas por conta de uma radicalidade inexplicável por parte do publico, foram praticamente expulsos do palco devido ao grande numero de objetos atirados no palco. Infelizmente, pouco tempo depois, essa situação lastimável culminou com a saída de Sebastian Bach, que não aguentou a pressão dos demais integrantes.
A grande atração da noite entraria no palco para mostrar ao publico brasileiro, que mesmo sem Bruce Dickinson, dariam muitos motivos para seus seguidores se tornarem ainda mais fanáticos pela banda. Mesmo sem o mesmo carisma de seu antecessor, Blaze Baley conduziu os clássicos do MAIDEN com energia suficiente para empolgar os mais de trinta mil fãs. O disco “X- Factor” dividiu opiniões e como todos já sabem a historia de Blaze com a banda não durou muito, mas, no final, o saldo foi positivo.
Em breve falaremos sobre a quarta e ultima edição do PMOR realizada em 1998.

(Texto: Roberio Lima) 
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domingo, 1 de julho de 2012

Elvis Não Morreu!







Um ideal de extravagância e estilo...
Em tempos em que as personalidades são praticamente instantâneas e desaparecem com a mesma rapidez com que surgem. Ver um rosto que resiste no imaginário das pessoas mesmo 35 anos após sua morte causa até certa estranheza. A força da imagem de Elvis é daquelas que impressionam e inspiram os que não se conformam com desígnios piegas, tradicionais e conservadores.
Além da imagem, além do som...
Ao falar de Elvis, me vem na mente ousadia, irreverência, quebrar as regras. Causar! Considero que a importância dele consiste em sua espontaneidade, por ser intuitivo e excêntrico. Contarei, portanto duas breves sínteses de fatos que me impressionaram e que contribuem para a minha admiração diante deste. “Logo no início de sua carreira, ainda não famoso, Elvis se dirigiu a uma concessionária sendo, portanto abordado por um dos atendentes do estabelecimento que o levou para ver os carros, Elvis apontou para um Cadilac, que hoje corresponde a uma Ferrari; O atendente o laçou com um sorriso irônico e disse algo como: Ora, vamos ao que interessa! Mais alguns passos à frente e lhe mostrou os carros populares. Elvis entristecido com a arrogância do vendedor saiu da loja. No caminho encontrou um garoto que engraxava sapatos, o abordou e o levou direto para a concessionária, chegando lá, mandou que chamassem o gerente. Em seguida perguntou ao garoto: se eu fosse te dar um carro, qual seria? O garoto em sua inocência respondeu: qualquer um! Elvis então disse: quero dois Cadilacs, um pra mim e outro para o garoto, também quero que a comissão da venda seja dada ao garoto, que foi quem me vendeu. Tudo a vista, por favor.
Outro dia, saindo do supermercado, uma senhora lhe pediu um autografo, achando a situação surreal, disse que era fã dele, sempre tinha apostado no seu sucesso, também comentou que ninguém acreditaria que o autografo que recebera fosse verdadeiro. O astro, após ter dado o autografo percebeu que a senhora andava a pé com sacolas de compras, ofereceu-lhe então uma carona. Ao chegar à casa da senhora, pediu que ela abrisse a porta da garagem para facilitar a retirada das compras. Desta forma estacionou seu Cadilac na garagem e retirou as sacolas, em seguida se despediu da senhora que tivera ajudado e saiu a pé em direção a rua. A mulher sem entender o chamou, e disse que ele estava esquecendo o carro na sua garagem. Elvis por sua vez, disse: É seu! Agora todos vão acreditar que o autógrafo é verdadeiro. E faça-me um favor, se precisar, venda-o!” Desde então foi perdido as contas de quantos Cadilacs Elvis distribui por aí. Ele adorava dar presentes e fazer doações. Sua generosidade lhe rendeu homenagens e prêmios.
Elvis Presley, em verdade foi perseguido e tornou-se vitima de muitos preconceitos, por ir de encontro a um sistema estabelecido e quiçá por ter origens humildes, um “caipira sulista”, fato pelo qual sempre foi discriminado, mas o Rei da Guitarra Elétrica superou as adversidades, reinventado em criatividade, vigor e emoção. Entretanto suas apresentações televisivas quebraram todos os records de audiência, além das inevitáveis polêmicas geradas por suas performances explosivas. Muitos de seus admiradores postulam que somente o seu talento e perseverança o mantiveram “vivo” até os dias atuais e que a descrição de que ele só fez sucesso por sua aparência ‘boa pinta’, não é mais considerada admissível pelos biógrafos e historiadores da música na época, sendo consideradas como risíveis e recheadas de clichê.
Elvis supera sua própria lenda...
Um colapso fulminante, associado à disfunção cardíaca parece por um fim em uma história e dar início a uma lenda. Contudo a morte física de Elvis passa a ser um detalhe, posto que enquanto houver desejo e emoção, Elvis Presley viverá! 

(Texto: Nadini Kleaim)
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