Destaques

domingo, 27 de maio de 2012

Os Pilares de Um Estilo Musical.






Ao falarmos sobre death metal pensamos logo no inicio do estilo que ocorreu nos 80 porém foi durante os anos 90, década posterior a sua criação que surgiram os títulos mais impactantes  e sem duvida nenhuma foi o período no qual apareceram  as bandas mais proliferas e seminais que buscaram dar personalidade ao estilo e deixa-lo com um roupagem mais brutal e coesa.
Logo no inicio da década em 1992 temos um álbum que serve de exemplo e de certa forma influenciou toda uma geração de headbangers, trata-se do álbum legion da banda americana deicide.
O deicide surgiu em 1987 porem com o nome de Amon  e logo após Carnage,lançando duas demos na época Festhing the beast(1987), e Sacrificial (1989).
Já com oficial de deicide  em  1990 ano em que gravou seu debut com o nome  homônimo ao da banda, que ficou famosa por seu som característico pelas letras agressivas anti-cristãs  e por varias polemicas envolvendo o vocalista Glen benton que afirmava que iria se matar aos 33 anos durante um show  e marcou a ferro quente o símbolo da cruz invertida  na testa,legion foi o segundo álbum do grupo foi produzido por Scott Burns é foi considerado por muitos como um marco para a musica extrema é até hoje considerado como um dos álbuns mais satânicos da historia segundo alguns críticos e alguns jornais americanos da época, musicalmente ele demonstra uma evolução muito grande em relação ao álbum anterior tanto nos arranjos quanto nas letras muito mais extremas,fortes  a bateria precisa e brutal de Steve Asheim,  sem falar no entrosamento do grupo em geral e na capacidade criativa dos irmão Eric Hoffman e Bryan Hoffman que conduziam as guitarras com maestria  já Glen benton era um show a parte vestido de armadura causando polemica com  as lendas que criava sobre si mesmo de que se  banhava com sangue de virgens e de que era o novo anticristo,isso sem falar em seu interesse “sinistro”  de queimar esquilos e demais roedores sem deixar de lado o  histórico encontro com Euronimos do meyhen em 1991.
Mas falando em termos de musica legion foi considerado o que é hoje um clássico devido a sua pegada crua, rápida e única  mostrando que a banda buscava sua identidade e mais buscava uma forma de fazer death metal que até então não havia sido experimentada a temática satânica e anticristã casava muito bem com a postura da banda e com seu som fazendo de seus shows verdadeiras celebrações infernais, logo no inicio temos Satan spawn the caco daemon que começa  uma introdução com som de ovelhas no pasto e logo após vem a pancada sonora sem freios ou limites,  na seqüência vem Dead but dreaming  matadora com seu solo marcante; seguidas de  Repent to Die e Trifixion, ambas com a pegada bem marcantes, bateria precisa,guitarras ferozes  e uma levada empolgante, não podemos esquecer de citar as faixas subseqüentes que também não deixam nada a desejar Behead the Prophet,Holy deception, In hell I Burn  e fechando este legado do death metal a poderosa Revocate the Agitator,neste álbum glen Benton destilou todo seu ódio contra o cristianismo e forjou uma das maiores perolas do death metal mundial sem duvidas um álbum pra headbanger nenhum botar defeito.

(Texto: Danylo Paulo)
Continue Lendo...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Acossado - A obra-prima de Jean-Luc Godard





Apesar de ser um amante da sétima arte não sou o que se pode chamar de cinéfilo, porém gostaria de utilizar desse espaço para dividir com os leitores desse blog as minhas impressões sobre uma obra-prima do cinema: ACOSSADO(1960) , do diretor Jean-Luc Godard; considerado o maior cineasta francês vivo.
  O gângster Michel Poiccard, papel de Jean- Paul Belmondo, rouba um carro e durante uma perseguição acaba matando um policial. Chega a París, onde pretende juntar dinheiro para sair do país. Convence a namorada americana, Patricia Franchini (Jean Seberg), a acompanha-lo. Quando finalmente consegue o dinheiro, ela o denuncia à polícia. Ao tentar escapar, ele é abatido no meio da rua.
  Essa sinopse, tão comum a centenas de filmes policiais, esconde uma série de inovações artísticas que fizeram com que Godard fosse alçado à categoria de artista revolucionário. Isso já nos faz supor que a trama é um elemento de pouca importância em “ACOSSADO”, haja vista que uma das novidade dessa obra está no modo como as cenas se sucedem sem muito nexo, dando a impressão de improviso, que faz com que os atos adquiram um sentido acidental.
    Diferentemente do que ocorre nos roteiros tradicionais, as ações sugerem um indeterminação resultante da descontinuidade criada pelas falas, gestos e olhares. Dessa forma Godard abandona as regras que produzem linearidade e clareza nas passagens do cinema tradicional. As inovações técnicas e estéticas presentes em “ACOSSADO” revelam um procedimento cujo objetivo não é confundir o espectador, mas demonstrar como aquelas histórias que aparentemente se desenvolvem de modo “natural” são, na verdade, falsas.
  Em “ACOSSADO” o personagem Michel Poiccard, após fugir para París onde encontra a namorada Patrícia, continua a praticar delitos, enquanto se esconde da polícia. Porém, a o reencontrar a namorada, podemos perceber que este é tomado por uma angústia resultante não da sua condição de fugitivo, mas sim da tentativa de compreender os sentimentos da namorada, o que fica evidente na cena em que este, enquanto leva a namorada a um compromisso; lamenta as respostas evasivas da companheira às suas perguntas: “Desgraça, desgraça, desgraça, amo uma garota que tem um lindo pescoço, lindos seios, linda voz, lindos pulsos, uma linda testa, lindos joelhos, mas que é covarde.” Falas como esta revelam por trás de um roteiro banal grandes discussões sobre os mais variados temas, sempre abordados pelo diretor na sua obra cinematográfica como o amor, a morte, o sexo, a política, a literatura e outros temas tão discutidos mesmo antes do maio de 68, como a ideia de liberdade, que em “ACOSSADO” aparece numa das falas da personagem Patrícia: “Não sei se estou infeliz porque não sou livre, ou se não sou livre porque sou infeliz”.
Com base nessas falas dá pra ter uma ideia dessa obra e de tudo que ela nos proporciona, além de um filme em que o movimento da câmera nos transporta para dentro da história, temos um texto que nos leva a refletir sobre novas formas de enxergar questões na maioria das vezes abafadas pela nossa ilusão de paz interior. Vale ressaltar a beleza e o olhar de Patrícia (Jean Seberg) que esconde uma personalidade ambígua que é revelada (ou quase) na última cena do filme e resumida nas últimas palavras do acossado amante, antes da morte.
(Texto: Nilton Aquino)
Continue Lendo...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Buddy Guy – The Treasure Untold.





Nem acredito que vou perder o show de Buddy Guy, que nos visitará nesse mês de maio. Mas tudo bem, já tive o privilégio de assisti-lo em 25 de Novembro de 2005 (uma sexta feira memorável). Buddy é a lenda viva do blues, ao lado de B.B. King (esse pra mim, o Pelé do blues).
Em homenagem a visita dele, gostaria de sugerir o álbum: The Treasure Untold, que é uma coletânea lançada pela editora espanhola Altaya. Esse cd fez parte da coleção chamada mestres do blues e vinha acompanhado de um fascículo que era distribuído em bancas de jornal. Destaco First Time I Met The Blues com Buddy e seus vocais agudos e urgentes. Stone Crazy um blues lento e estiloso. Em I Found A True Love, temos um arranjo de metais bem agradável com direito a um solo maroto, enquanto Buddy floreia sua Strato. The Treasure Untold que dá título ao álbum tem um refrão curto, mas que gruda nos ouvidos como chicletes. Agora, a paulada fica por conta de Don´t Know Wich Way To Go, Buddy arrasa tanto nos vocais como na guitarra em um ritmo alucinante. Buddy´s Boogie e Moanin são instrumentais totalmente jazzísticas. Em I Dig Your Wig gaita e piano dividem os holofotes. My Time After Awhile é emoção a flor da pele. Por fim Keep It To Yourself prova porque Buddy Guy tem uma voz privilegiada, “rasgeira” total.
Por ser uma edição limitada, só é possível encontrá-lo em sebos, mas é uma aquisição que vale a pena.  

(Texto: Sergio Silva)
Continue Lendo...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Virada Cultural - Suicidal Tendencies - 06 de Maio de 2012





A VIRADA CULTURAL, evento realizado anualmente na cidade de São Paulo, ficou famosa por proporcionar ao publico paulista, vinte e quatro horas ininterruptas de entretenimento, e este ano, foram mais de mil atrações, espalhadas por diversos pontos da região central. Destacaremos aqui, a apresentação realizada no palco da Avenida São Joao, e que estava agendada para as 09:30 am do Domingo. Sim meus amigos, o SUICIDAL TENDENCIES, um dos pilares do crossover, estava lá para nos brindar com clássicos inquestionáveis que moldaram a juventude da maior parte do publico presente. Punks, Skatistas, Headbangers, Negros, Brancos, Bêbados, Mendigos e quem mais quisesse sentir a as vibrações de uma manha histórica, estiveram reunidos por uma hora e meia, sem distinção de qualquer gênero. Para provar isso, logo nos primeiros cinco minutos da apresentação a grade que separava o publico do palco foi derrubada e, a partir dai, a interação entre banda e publico foi total.
A crueza de outrora deu lugar ao um som cheio de groove, mas ate fãs mais ardorosos, como Marcelo Papa e Cris Splatterhead (Guitarra e vocal do BANDANOS), não resistiram, e entraram no gargarejo, e assim como eu, agitaram muito, sem se importarem com o a desacelerada dos caras.
Vale registrar que os clássicos foram predominantes na apresentação da banda e se faltou peso no palco (o baterista não conta), aproximadamente 20 mil “CYCOS”, incendiaram a Av São João, e dava para ver na cara dos seguranças o sentimento de desespero, pois havia em frente ao palco, um involuntária competição para saber quem era mais insano.
Confesso que esta era uma apresentação que aguardava a muitos anos, mas que por uma razão ou outra, ainda não Havia presenciado.  No fim desta jornada (inesquecível), ainda pude ter o prazer de encontrar em meia a "muvuca" uma galera digna de ser lembrada, Leandro (ODIO SOCIAL),os já mencionados Cris Splatterhead e Marcelo Papa (BANDANOS) e os parceiros Danylo, Eder e Cristiano.
Em todos os sentindo, uma apresentação memorável e que certamente ficara por muito tempo na memoria de todos, sejam eles latinos, asiáticos, africanos ou, ate mesmo, extraterrestres. 

(Texto: Roberio Lima)
Continue Lendo...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Philips Monsters Of Rock - 02 de Setembro de 1995





Logo no inicio do ano de 1995 iniciou-se uma grande movimentação para saber quem seriam as atrações do PHILIPS MONSTERS OF ROCK, ou ate mesmo, para confirmar se haveria uma segunda edição do festival, e as apostas logo começaram a pipocar. 
Não demorou muito, e OZZY OSBORNE foi a primeira confirmação do festival, e claro, como headline.  ALICE COOPER seria a outra grande atração a ser confirmada e motivos não faltaram para comemorar a volta da “Tia Alice” ao Brasil, pois a ultima vez que esteve por aqui foi no histórico show de 1974. Em seguida seriam confirmadas as outras bandas que completariam o “casting” do festival, MEGADETH, FAITH NO MORE, THERAPY?, PARADISE LOST, RATA BLANCA, CLAWFINGER e o VIRNA LISI, e apesar de alguns deslizes na escalação das bandas, o dia 02 de setembro de 1995 ficaria marcado na memoria de quem esteve presente no PACAEMBU. Vamos aos principais momentos de cada atração:
O VIRNA LISI foi a única banda nacional desta edição, e consequentemente a mais dispensável. Definitivamente não era o tipo de banda que o publico do “PMOR” queria ver. Em seguida os Argentinos do RATA BLANCA, que já tinham 15 anos de carreira e estava divulgando o álbum “ Entre El Cielo Y El Infierno” lançado em 94 agradou os presentes. O CLAWFINGER, banda sueca que tinha um som, alto- denominado como “Industrial Rapcore”, e sua gravadora apostavam no sucesso desta apresentação para alavancar a careira da banda por aqui, mas o resultado foi bem aquém do esperado.
O THERAPY? , outra banda deslocada, realizou uma apresentação morna e também não agradou. As coisas começaram a melhorar com os ingleses do PARADISE LOST que estava divulgando o já clássico “Draconian Times” e já vinha abrindo as apresentações do “Mad Man” em varias partes do mundo.
O MEGADETH e uma das bandas que mais tocam no brasil e os fãs nem se importam com isso, pois as  apresentações dos caras são sempre de altíssimo nível. Nesta altura do campeonato, estava difícil ate respirar em meio a tanta gente e “Skin On My Teeth” e “Holy Wars” além de uma versão para “Anarchy In The UK“ do SEX PISTOLS,  incendiaram a plateia.  O FAITH NO MORE veio a seguir e voltava ao Brasil depois de uma apresentação memorável na segunda edição do ROCK IN RIO, mas desta vez não estava em boa fase e realizou uma apresentação que dividiu opiniões. O ALICE COOPER, foi a penúltima banda a se apresentar e utilizou muito de seus números teatrais, marca registrada de suas apresentações, e despejou uma serie de clássicos para a alegria de todos os presentes, entre eles “Elected” e “Hey Stoopid”.
A ultima e mais esperada atração da noite era mesmo, OZZY OSBORNE, o cara que fez historia com o BLACK SABBATH retornava ao Brasil depois de dez anos, (a primeira vez foi no ROCK IN RIO DE 1985). E acompanhado por Geezer Butler, Joe Holmes e Dean Castronovo, e com o multiplatinado “No More Tears” como ultimo lançamento de estúdio, fez uma grande apresentação mesclando clássicos do SABBATH e de sua consagrada carreira solo, ainda teve espaço para a nova musica “ I Just Want You” do disco que já estava pronto mais ainda não tinha sido lançado “Ozzmosis”. No final, mais uma edição para ficar na memoria. Em breve, falaremos sobre o “PHILIPS MONSTERS 1996”.


(Texto: Robério Lima)
Continue Lendo...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...