Destaques

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Patrulha do Espaco - Patrulha 85




O Patrulha do Espaço, banda criada por Arnaldo Batista no final dos anos 70, possui uma discografia respeitável e recheada de clássicos. Com PATRULHA 85 a coisa não e diferente, o disco produzido por Luiz Calanca e Rolando Castello Junior, e uma pequena obra prima do heavy rock nacional, pois a fúria contida neste disco e absurda. Tente ficar parado ao ouvir ''Olhar Animal'', ''Deus Devorador'', ou ''El Riff'', certamente se pegara tocando uma guitarra imaginaria no meio de sua sala. Enfim, ouça essa perola no volume máximo e aproveite cada segundo de rock n’ roll proporcionado por esse power trio.
(Texto: Roberio Lima)
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ave Sangria - O Pirata





Estar só é olhar o presente e só enxergar o que já passou, é buscar no tempo o que foi levado por ele e que permanece na memória. É mendigar migalhas de recordações espalhadas em velhos discos, antigas anotações esquecidas em papéis velhos, amarelados pelo tempo. Estar só é fugir da ilusória fugacidade da vida. Somente diante da constatação de estar só é que nos damos conta da nossa insignificância diante da existência, tão breve e mal vivida, desperdiçada pelos medos: medo do erro, do risco, da vida e da morte, certa e inevitável. É nesse momento que somente a música preenche o vazio deixado pelas palavras imóveis, pelos gestos simplesmente verbais que nada transformam, que nada mudam, que não têm cheiros, que não têm gosto nem a maciez da pele, que não emitem gemidos de prazer ou de dor. O que é a palavra diante do mundo? Simples representação. A palavra árvore não tem folhas, Nomen arboris folium habet ,na palavra rio não há água que mate a minha sede. O ritmo e a letra das canções vão além das palavras, pois elas traduzem o indizível, só o que se sente, aquilo que sangra e que só quem sente vê. Estar só é imaginar que consigas me entender e mesmo que isso ocorra saber que isso não muda nada. “... não se iluda, minha calma não tem nada a ver, sou bandido, sou sem alma e minto...”
   Se não fui claro o bastante não importa, nem sempre é possível ser claro em tempos sombrios, porém, como sugestão, ouça esse disco do Ave Sangria. Para quem não conhece Ave Sangria é um conjunto musical brasileiro de rock rural, um dos principais expoentes da cena musical psicodélicas pernambucanas dos anos 1970, o fato de hoje ser praticamente desconhecido do grande público nos dá uma noção de como desperdiçamos o belo e o bom do passado em nome da ilusão da modernidade e do vazio cultural que é parte do grande vazio existencial de nossos dias.
(Texto: Nilton Aquino)

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