Destaques

domingo, 23 de dezembro de 2012

Wishbone Ash - Live Dates





O Wishbone Ash foi uma das bandas mais criativas da década de 70 e com sua formação clássica concebeu ao mundo álbuns que se tornaram verdadeiras perolas do rock. Prova disso foi o álbum ao vivo “Live Dates”, gravado durante a explosiva tour britânica em Junho de 1973, e lançado no mesmo ano, deixou boquiaberto os que ainda tinham alguma duvida sobre o poder de fogo dos rapazes.
São clássicos e mais clássicos executados de forma esplendorosa, basta ouvir os duelos de guitarra entre Andy Powell e Ted Turner, que são de arrepiar (ouça “Phoenix” e tente não se emocionar) e, que juntamente com o baixo de Martin Turner e a bateria de Steve Upton formavam uma massa sonora poucas vezes vista na historia do rock. Para deleite dos apreciadores de arte pura, ainda estão contidas neste trabalho obras do quilate de “Warrior” e “Throw Down Sword” do grande disco “Argus” e Lady Whiskey do álbum homônimo, enfim, obra prima.
Este disco fecha com chave de ouro a primeira fase deste mito chamado Wishbone Ash, pois  infelizmente, logo depois da gravação da bolacha, Ted Turner decide sair da banda por divergências musicais com os demais membros, mas o legado criado ate então, já esta entre as grandes obras já registradas na historia do rock. “Live Dates”, e, no mínimo, obrigatório para todos os amantes do bom e velho rock n’ roll.

(Texto: Roberio Lima) 
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sábado, 15 de dezembro de 2012

100 anos de Luiz Gonzaga





Vindo de Exu, uma cidadezinha do interior de Pernambuco, bem na pontinha do sertão, “o rei do baião pode ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop aqui empregado em seu sentido original: o de popular”. Uma vez que foi o artista que mais vendeu discos no país, somando cerca de 200 gravados.
Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos. Foi o primeiro cantor e músico a fazer uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os artistas não saíam do eixo Rio-SP. Muito embora, ele gostasse mais de fazer shows e tocar para o público interiorano.Cantava acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo. E com essa bagagem levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças da nossa árida terra, o sertão nordestino, ao resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. O primeiro chapéu que o admirável Luiz Gonzaga pôs em sua cabeça, foi um de cangaceiro, junto com um gibão, já que nas suas músicas o tema da coragem era recorrente.
Não estarei presente em Exu, nessa linda comemoração, a qual, foram reunidos os mais singelos sanfoneiros do Brasil, entre outros grandes nomes da MPB, como a Elba Ramalho e o Gilberto Gil, para comemorar esse memorável Centenário, mas meu coração estará xoteando cheio da admiração que sempre tive por esse grande homem que saiu do seu pé-de-serra onde deixou ficar seu coração, para ganhar o mundo com sua música e poesia embebida de histórias do nosso sertão nordestino e nos deixou um legado inenarrável. Este ano, em especial, estou mais orgulhosa do que nunca da minha pernambucanidade.

Comecei a escrever este texto, quando me lembrei que ainda não tive a oportunidade de ver o filme “Gonzaga, de pai pra filho”... Então, sugeri ao meu amigo Nilton uma parceria. Ele que é de origem cearense e com um amor incondicional pelo Pernambuco, se prontificou. Temos bastantes semelhanças, que muito nos ajudam. Nossas diferenças ajudam ainda mais! Em uma de nossas conversas na www, espontaneamente foi surgindo uma breve síntese do filme, á qual vou enxertar aqui sem tirar nem pôr. Creio que o Nilton não fará objeção!

O filme está focado na relação dele, Gonzagão, com o filho, Gonzaguinha, outro gênio da MPB. O filme nos revela traços importantes e desconhecidos da vida do Rei do baião, como o fato de ter abandonado o filho, ter lhe negado amor e carinho, embora tenha perseguido a ideia de transformá-lo em doutor, dando-lhe estudo no melhor colégio do Rio de Janeiro.
Porém Gonzaguinha cresceu revoltado pelo abandono do pai, já que foi criado por um casal de amigos de Gonzagão após a morte da mãe; fato que transtornou Gonzagão e que, segundo ele “lhe tirou o chão”.
O convívio entre os dois foi sempre conturbado, devido à diferença de visão política: Gonzagão , apesar de um gênio musical, era extremamente reacionário, enquanto o filho que cresceu no morro carioca, tinha um espírito revolucionário e inquieto além do seu engajamento político de esquerda, devido a sua formação cultural, afinal ele era formado em economia e, portanto, um homem muito culto e de consciência social e política.
Apesar dessas diferenças sempre houve uma ligação muito forte entre o pai e o filho, um amor que não foi abalado pelas diferenças e pelas circunstâncias que os separou. O filme é focado no reencontro dos dois que proporcionou ao público o retorno desse gênio a os palcos  e uma das mais belas parcerias musicais da MPB que nos presenteou com clássicos como “pense n´eu” e “vida de viajante”.
Enfim, diante de um cenário cultural tão decadente, nada mais relevante do que relembrar esse grande gênio e sua obra que trouxe para o Brasil toda a riqueza cultural de um povo sofrido e esquecido pelo resto do país, Luiz Gonzaga incluiu o Nordeste  na cena cultural brasileira e desde então se tornou influência para várias gerações de artistas de todos os gêneros musicais. O Brasil pode ter vários reis, mas somente Gonzagão reinará soberano, que sua obra se mantenha viva por várias centenas de anos e que sua imagem seja eterna na memória do povo brasileiro.

(Texto: Nadine Kleaim e Nilton Aquino)
  
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domingo, 9 de dezembro de 2012

Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida





Eu já estava paquerando esse livro algum tempo. Não havia lido ele por relaxo, mas eu sabia de sua importância na literatura brasileira. O que eu não sabia, era que eu iria me divertir muito ao lê-lo. Foi uma das leituras mais prazerosas que tive. Comecei lendo-o na fila do Poupa Tempo. Havia cinquenta e oito pessoas na minha frente. A princípio pensei até em desistir do meu objetivo, que era renovar meu RG. Sentei-me num banco de madeira junto de todas essas pessoas que haviam chegado antes de mim e enquanto esperava uma resolução do que eu faria, abri o Memórias de um Sargento de Milícias e comecei a ler. Confesso que o livro já me pegou no primeiro parágrafo. Dali a diante, percebi que o atendimento era bem ágil e confesso que aquela tarde estava tão prazerosa que passei a torcer para que o atendimento fosse mais moroso. Enfim, sai de lá com a metade do livro lido. As páginas restantes li em duas noites, para me deliciar mais.
Memórias de um Sargento de Milícias foi escrito por Manuel Antônio de Almeida, entre 1852 e 1853. A princípio o livro foi publicado em capítulos no Correio Mercantil. Nessa época, Manuel Antônio de Almeida utilizou o pseudônimo de Um Brasileiro. Memórias de um Sargento de Milícias narra a saga do menino Leonardo (Que viria a se tornar o Sargento de Milícias). Além de Leonardo, há inúmeros personagens interessantes como o Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça, pais de Leonardo, o compadre e a comadre que defendem com unhas e dentes o Leonardo e a Luisinha, que aos olhos de Leonardo era completamente desengonçada, mas com passar do tempo torna-se sua grande paixão.
Essa é uma breve dica sobre essa obra que foi e ainda é uma das principais produções literárias do Brasil no Século XIX.

(Texto: Sergio Silva)
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