Destaques

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rock in Rio - Ousadia Em Todos Os Sentidos.



                                                                                                 
 As dimensões deste festival que, sem duvida nenhuma e um dos maiores festivais de musica do mundo, são impressionantes. Os mais diversos estilos musicais já passaram pelo palco das quatro edições realizadas no Brasil, (houveram outras seis edições realizadas em Lisboa e Madri, mas vamos nos ater somente nas realizadas abaixo da linha do Equador).
Já na primeira edição, ficou claro que Roberto Medina não estava para brincadeira. Prova disso e a escalação de SCORPIONS, IRON MAIDEN, QUEEN, OZZY OSBORNE, AC/DC e YES para ficar somente nos representantes da musica pesada, pois também tivemos grandes nomes como JAMES TAYLOR, GEORGE BENSON e AL JARREAU, representando a parte mais calma do festival.
Em 91, foi a vez do GUNS N’ ROSES, FAITH NO MORE, MEGADETH, JUDAS PRIEST e SEPULTURA roubarem a cena e deixar os ‘’headbangers’’ com a alma lavada.
Os representes da musica pop também marcaram presença e fizeram valer o ingresso. Quem não se lembra do INXS, INFORMATION SOCIETY, SNAP e GEORGE MICHAEL?
Na terceira edição, realizada em 2001, novamente tivemos IRON MAIDEN, GUNS N’ ROSES e JAMES TAYLOR, mas sem o mesmo brilho de outrora. Em compensação, tivemos a apresentação memorável do R.E.M e a ‘lenda’ NEIL YOUNG.
Vale lembrar que em todas as edições, tivemos os mais variados (e contestados) artistas nacionais que em muitos casos foram injustiçados. IVAN LINS, GILBERTO GIL, TOM ZE, PEPEU GOMES, BARAO VEMELHO, MILTON NASCIMENTO, CASSIA ELLER, CAPITAL INICIAL e, pasmem, SANDY E  JR. Talvez um dos principais responsáveis por difundir o termo (R.I.R ).
A quarta edição ainda não acabou, mas fica claro que a importância do festival continua intacta.

(Texto: Roberio Lima)
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Um livro perfeito de auto-ajuda

Foi a sensação que tive ao terminar a leitura da última linha de Vinhas da Ira. Livro publicado em 1939, cujo autor é o norte-americano John Steinbeck, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1962. Nesse livro, Steinbeck descreve a saga da família Joad, que em razão da grande depressão de 1929 deixa para trás as terras que ocupava em busca da sobrevivência. A mão de obra arcaica da família já não acompanha o progresso (tratores e máquinas no processo de aragem da terra para o plantio) implementado pelos donos das terras.
É durante a viagem rumo a Califórnia (destino sugerido por um panfleto onde dizia que havia muitos empregos em pomares) a bordo de um velho automóvel que ocorrem os maiores momentos de angústia e tensão. Escassez de dinheiro, saúde debilitada, humilhações, entre outras coisas, dá um tom trágico ao romance e faz com que o leitor sinta-se como um ente da família, tamanha a compaixão que essa nos inspira. Mas os Joads diante de tantos obstáculos e privações, nunca perdem a garra e a esperança e são sempre liderados pela Mãe (uma personagem brilhante), que toma o posto de chefe da família que até então era do Pai.
Não tem como ao ler essa densa obra e não sentir que pior que você imagine que sua vida esteja, ela é ainda bem melhor do que muitas por aí afora.
Para alguns, essa minha afirmação pode parecer conformismo com a desgraça alheia, mas sempre que eu fechava o livro e voltava à atenção a minha vida, me vinha uma sensação de alívio, por não ter passado por isso (haja vista que a obra foi baseada na crise de 1929, onde inúmeras pessoas suicidaram-se ao reconhecer que perderam tudo).  
Será que não é aí que está o segredo?  

(Texto: Sergio Silva) 

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Agusto dos Anjos: O Negativismo De Um Gênio Esquecido.




Temos no poema psicologia de um vencido um eu - lírico que se descreve como monstro e que desde sua origem sofre uma má influência. Através de imagens negativas como “monstro de escuridão e rutilância” e “profundíssimamente hipocondríaco” temos os suportes expressivos de subjetividade que correspondem à individualidade do sujeito lírico, de acordo com a descrição hegeliana de poema lírico. Porém em Augusto dos Anjos não temos uma poesia harmônica e sim uma tensão constante com um ambiente repulsivo a os olhos do eu - lírico.
Essa visão negativa do ambiente está também presente no poema versos íntimos em que uma vez inserido no meio degradante o indivíduo sente a necessidade de adaptar-se a ele. Há na poesia de Augusto dos Anjos heranças de Baudelaire à medida que tenta restabelecer os mistérios inerentes à experiência humana em contraposição a pretensa objetividade científica através do uso de uma linguagem em que termos científicos são inseridos no texto poético. A visão negativa do eu lírico está também presente no poema vítima do dualismo no qual o eu – lírico se considera “um ser miserável entre os miseráveis” logo no primeiro verso, além de revelar, já a partir do título, os antagonismos presentes na obra do autor que, de acordo com o pensamento de Adorno são reflexos dos antagonismos da sociedade contemporânea na qual o poeta está inserido e que se refletem na sua poesia.

(Texto: Nilton Aquino)
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A Primeira Impressão Não E A Que Fica.






 

O ano era 1998. Eu freqüentava uma loja de discos muito bem conceituada (nada de merchandising). Lá havia sempre novidades, ou seja, cds importados que deixava qualquer aficionado por música (o meu caso) completamente sem noção do seu orçamento (não foram poucas vezes que gastei muito mais do que podia). Num desses dias, entrei por acaso na loja para fazer uma hora enquanto aguardava os ônibus esvaziarem. Fiquei ali, olhando despretensiosamente as prateleiras, quando encontrei um cd chamado Sheik Yerbouti do Frank Zappa. Dias atrás, eu havia lido uma extensa matéria sobre o artista em questão e não pude conter minha curiosidade em relação ao mesmo. Não deu outra, o retirei da prateleira e me dirigi ao caixa. Minha curiosidade se aguçou ainda mais, quando o vendedor abriu um largo sorriso dizendo que aquele era um grande disco.      
 
Cheguei em casa e já o coloquei para tocar. A primeira música: I Have Been in You, me chamou a atenção por causa de sua voz grave, mas daí pra frente, só foi decepção. As dezessete músicas seguintes foram torturantes.  
 
Tirei o cd do aparelho pensando se eu o jogava no chão para pisoteá-lo, mas como era importado e havia me custado um valor considerável, optei em deixá-lo desprezado num canto da minha estante.
 
E lá ficou, até que um dia, curtindo uma fossa daquelas (eu havia tomado uma bota histórica de uma mina), resolvi ouvir música pra ver se me sentia melhor. Fiquei um bom tempo tentando encontrar um cd que me fizesse me sentir mais aliviado, mas não encontrava nada. Por acaso, encontrei o pobre Zappa, ali implorando por mais uma chance. E foi o que fiz.
 
O que posso dizer é que além dele me retirar daquele estado lamentável, pude perceber toda a força de sua música. E olha que eu só estava ouvindo um disco (que foi o mais comercial dele diga-se de passagem). Lá tinha letras irreverentes harmonias pra lá de complexas (dodecafonismo) e uma maneira pouca ortodoxa de tocar sua guitarra.
 
Esse fato me serviu para a vida, afinal de contas... A primeira impressão não é a que fica.  
  

(Texto: Sergio Silva)
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Teoria do Medalhão e O homem que sabia javanês: semelhanças e diferenças








Os dois contos abordam temas comuns como a relação entre hipocrisia e mentira como meios para alcançar o reconhecimento público e a ascensão social dentro de uma sociedade na qual a hipocrisia é tratada como valor positivo e onde a fraude é regra para a obtenção do reconhecimento e desvalorização do trabalho. Em teoria do medalhão os conselhos do pai ao filho no sentido de que este não tenha idéias próprias, resumindo-se a repetir as dos outros, constitui o reconhecimento da mediocridade como valor positivo  dentro da sociedade.Em O homem que sabia javanês Lima Barreto aborda os problemas de uma sociedade pós-escravista na qual o trabalho adquire um valor negativo, ainda associado a o negro e, portanto, não digno ao homem branco. Se no conto de Machado de Assis podemos presumir que a mediocridade é inerente a sociedade e a qual o indivíduo deve se adaptar para obter reconhecimento, no conto de Lima Barreto temos a ascensão social e o reconhecimento público obtidos pela fraude, assim como a idéia de superioridade nacional baseada no mesmo princípio. Em ambos os contos temos a figura do intelectual, porém abordados de formas diferentes, em Machado temos a sua imagem dissociada dos valores sociais, em Lima Barreto este é tratado como autoritário e exibicionista. Em ambos os contos temos a desvalorização do conhecimento empírico, Lima Barreto problematiza um problema já percebido por machado e que persiste na sociedade brasileira. 

(Texto: Nilton Aquino)

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Volver - Vivos ou Mortos



                              
Penélope Cruz e Carmen Maura (que volta a trabalhar com Almodovar após um intervalo de 18 anos) expressam as ideias do diretor com muita classe e se encaixam perfeitamente em seus personagens, pois põem em pratica toda a elegância imaginada pelo mestre espanhol.
Certa vez Almodovar declarou que as referencias em seus filmes são espontâneas, mas não consigo deixar de perceber influencias claras do neorrealismo Italiano e do mestre do suspense Alfred Hitchcock.
Este filme certamente não e o melhor Almodovar, ainda fico com o excelente Fale Com Ela, mas e inegável seu estilo melodramático, cheio de segredos e descobertas que deixam a trama ainda mais envolvente.  

(Texto: Roberio Lima)
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MPB 4 - A Lua




MPB4, grupo vocal que ficou conhecido por acompanhar Chico Buarque nos festivais dos anos 60, principalmente depois da famosa versão de Roda Viva, música na qual fazem o acompanhamento naquela que talvez seja a introdução mais primorosa da música brasileira. Esses, hoje quatro senhores, conseguem inovar qualquer canção com suas vozes afiadíssimas. Entre uma das canções inesquecíveis desse grupo está "A lua", simplesmente linda; para quem não conhece vale a pena se aprofundar um pouco na carreira desses senhores, mais uma daquelas pérolas da música brasileira esquecidas pela grande mídia.

(Texto: Nilton Aquino)
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

The Beatles-While My Guitar Gently Weeps







                                                              
While my guitar gently weeps é uma canção composta por George Harrinson e faz parte do seminal The Beatles Álbum (Popularmente chamdo de Álbum Branco), da Banda britânica The Beatles. Esse álbum foi lançado em 22 de Novembro de 1968 e foi o primeiro e único disco duplo da banda.
Vale lembrar que Eric Clapton colaborou com While my guitar gently weeps, tocando um solo inspiradíssimo em sua Gibson Les Paul. Além disso, sua presença serviu como "panos quentes" nas tensões do grupo.

While my guitar gently weeps foi regravada por inúmeros múscos. Segue abaixo algum deles. O complicado mesmo é saber qual a melhor versão.





(Texto: Sergio Silva)
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Yes - Turn Of The Century





O Yes é uma daquelas bandas que exigem do ouvinte uma certa dose de sensibilidade musical para que este possa ser envolvido pela magia da música, esses ingleses consolidaram um estilo dentro da história do música que mistura  o vigor do rock´n´roll tradicional com as sutilezas da música clássica: o rock progressivo. Apesar de formada por virtuoses exepcionais, o som do Yes não se resume a um virtuosismo exibicionista, os arranjos compõem um todo significativo. O som do Yes é uma espécie de narrativa fantástica na qual cada instrumento desempenha uma personagem e a voz de Jon Anderson é como a voz do narrador que nos guia por um mundo mágico. Lembro claramente da primeira vez que ouvi "Turn of the Century" e da sensação por que fui tomado, foi como se o mundo parasse a minha volta e de repente tivesse sido transportado a épocas imemoráveis, desde então esta passou a ser uma das canções, entre tantas outras, que mais marcaram a minha vida. oh! YES

(Texto: Nilton Aquino)
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domingo, 11 de setembro de 2011

Eterno Menino No Auge Da Maturidade!








Jessé representou uma classe de artistas que provavelmente já não existe mais. Sua simplicidade e erudição foram a tônica de uma carreira meteórica e muito respeitada por todos que tiveram o privilégio de vê-lo ao vivo ou pela TV.
Não somos dignos de artistas como este. Arte pura, simples e para poucos.




(Texto: Robério Lima)


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sábado, 3 de setembro de 2011

Casal Em Crise.








A trama gira em torno de uma teia de aparências. De inicio são positivas e ilustram uma família reunida para comemorar o sexagésimo quinto aniversário do patriarca que ainda não sabe, mas esta a beira da morte. O desenrolar deste inicio aparentemente tranquilo é o combustível para muitas revelações.
O belo casal, formado por Brick (Paul Newman) e Maggie (Elizabeth Taylor), esta em crise e carrega uma série de angustias e decepções. O alcoolismo alimenta e destrói qualquer possibilidade de final feliz.
O filme é baseado em texto de Tennessee Williams e dirigido por Richard Brooks.



(Texto: Robério Lima)



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